Um boato de que o goleiro Bruno Fernandes teria se suicidado na Penitenciária Nelson Hungria, aliado à total falta de organização dos funcionários do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), provocou um tumulto, nesta quinta-feira (22), no fórum de Contagem, onde é realizado desde segunda-feira (19) o julgamento sobre o sequestro e assassinato da ex-amante do jogador, Eliza Samudio.
O boato chegou inicialmente para o advogado do atleta, Lúcio Adolfo Silva, que jogou uma garrafa no chão e deixou apressadamente o plenário do Tribunal do Júri. Ele foi seguido por dezenas de repórteres, mas os funcionários do TJMG tentaram impedir o acesso da imprensa ao defensor. O tumulto percorreu os corredores do fórum e chegou à rua, onde, mas mais uma vez os servidores do Judiciário mineiro cercaram o advogado para impedir que desse entrevistas e foi necessária a intervenção da Polícia Militar.
Quando finalmente conseguiu falar, Adolfo confirmou que havia acabado de entrar em contato com a direção da penitenciária em que Bruno está preso desde julho de 2010 e confirmou que seu cliente está bem. "Foi só um boato. Ele está bem. Não tentou se suicidar, não está doente, não desmaiou nem nada", disse o advogado, que não soube informar de onde saiu o boato.
Em depoimento de mais de cinco horas encerrado na madrugada desta quinta-feira, Bruno foi acusado por seu ex-braço-direito, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, de ter mandado matar Eliza. Segundo Macarrão, ela teria cobrado dinheiro do goleiro para ajudar na criação do bebê que teve com o jogador. Adolfo Silva esteve com Bruno pela manhã no presídio e disse que ele ficou "decepcionado" com o depoimento, mas depois "entendeu" as declarações do ex-amigo por causa da pressão sobre Macarrão.
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