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O réu Luiz Henrique Romão, o Macarrão, começou a depor na noite de quarta-feira (21) no julgamento sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. No começo do interrogatório, ele disse que vai dizer a verdade e que não é o "monstro que estão falando".

Mais cedo, o assistente de acusação do julgamento sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, Cidnei Karpinski, disse que a saída de Bruno no julgamento é uma possível estratégia para que Macarrão assuma integralmente a autoria do crime.

Durante a noite, a promotoria exibiu vídeos para Macarrão, e Fernanda Castro, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes. As imagens mostram Eliza Samudio dizendo em 2009, ainda grávida, que estava sendo ameaçada pelo jogador.

Outro vídeo exibido foi uma entrevista do tio e do irmão do adolescente primo de Bruno, na época, que denunciou toda a trama envolvendo Eliza, em junho de 2010. Hoje com 19 anos, Jorge Rosa cumpriu medida socioeducativa de dois anos e dois meses por esse crime. Atualmente ele está sob proteção por estar ameaçado, segundo o Ministério Público Estadual.

No vídeo, o irmão, cujo nome foi preservado, disse que ouviu de Jorge que Macarrão ligou para um motorista do goleiro para pedir um carro "para fazer uma parada, porque essa mulher (Eliza) tá enchendo o saco".

Confissão de Macarrão não vai amenizar situação de Bruno, diz mãe de Eliza

A mãe de Eliza Samudio, Sônia Moura, disse que se Luiz Henrique Romão, o Macarrão, vier a assumir o assassinato de sua filha, isso não vai amenizar a situação do goleiro Bruno Fernandes.

"Pode até colocar a culpa [no Macarrão], mas ele vai ter que dar conta do corpo da minha filha", disse Moura.

"O mandante é o Bruno. Financeiramente, o Macarrão não tem como arcar com certos custos. Já o Bruno, na época, era o único que tinha condições financeiras para bancar qualquer tipo de situação", completou.

A expectativa é que Macarrão possa falar ainda hoje e assumir todo o crime. A defesa de Romão nega a possibilidade.A mulher falou com jornalistas no final tarde, horas depois de prestar depoimento.

Ela questionou a estratégia da defesa."Se a defesa está falando na imprensa que tem certeza da absolvição de clientes, por que não deixar correr normalmente o júri? Por que tumultuar da forma que está sendo tumultuado?"

Ela disse ainda que vai continuar acompanhando os trabalhos. "Fico até o final."

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