Por volta das 16 horas desta sexta-feira (24), uma equipe do Corpo de Bombeiros começou o trabalho para derrubar uma araucária que estava no terreno de um condomínio residencial no Bacacheri, nas proximidades do aeroporto que fica no bairro, em Curitiba. A árvore virou assunto porque um grupo de vizinhos impediu o trabalho de corte na última quinta-feira (23), por meio de um protesto.
No entanto, uma ordem de serviço emitida pela Secretaria de Meio Ambiente não foi questionada pelo grupo que defendia a permanência da araucária. Análise fitosanitária da árvore constatou o comprometimento da base. Uma ocorrência anterior, de queda de galho com danos materiais, endossou a medida.
Como contrapartida pela retirada da árvore nativa, o condomínio terá de plantar quatro mudas de espécie florestal nativa com altura mínima de um metro, devidamente identificadas e tutoradas no mesmo terreno onde estava o pinheiro. Uma das vizinhas que defendia o pinheiro diz que, já que não puderam manter a árvore, vai acompanhar de perto o plantio de novas mudas. "Vamos exigir que o condomínio e os moradores que queriam a retirada façam esse plantio; não deixaremos que essa medida passe em branco", comenta Fernanda Gomes.
Pedido
Há um imbróglio entre os moradores sobre a manutenção da árvore. Em 1998, a Aeronáutica tinha solicitado a retirada das árvores. Condôminos que defendem a permanência da araucária dizem que, agora, o pedido teria sido uma articulação de vizinhos que não querem a árvore ali. No Aeroporto do Bachacheri, ninguém soube informar sobre a situação. A secretaria de Meio Ambiente também não divulgou quem foi o autor da solicitação.
História antiga
Em 1998, a mesma arvora já ocupou as páginas dos jornais. Na época, a Infraero havia solicitado a retirada da árvore, para evitar problemas com pousos e decolagens no Aeroporto do Bacacheri.
O ambientalista João Mello se acorrentou por sete horas ao pinheiro e conseguiu que a Promotoria de Proteção ao Meio Ambiente do Ministério Público do Paraná (MP-PR) se posicionasse contra a retirada da árvore. Na época, o promotor responsável entrou em contato com o engenheiro florestal que tinha concedido a autorização e a licença para o corte foi suspensa temporariamente.
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