Alagamentos trazem prejuízos também para a agricultura
Porto Alegre - A sequência de alagamentos deve trazer graves prejuízos para a agricultura de Santa Catarina, segundo especialistas. O litoral catarinense, atingido pelas enchentes, concentra lavouras de arroz, banana, mandioca e fumo, ressalta o técnico do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) Júlio Rodigheri. Santa Catarina é o segundo produtor nacional de arroz e o primeiro de banana.
Medidas de apoio do BNDES incluem pacote de R$ 100 milhões
Florianópolis - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou ontem medidas de apoio a Santa Catarina e às empresas localizadas nos municípios que declararam estado de calamidade pública ou situação de emergência por causa das enchentes.
Florianópolis e São Paulo - O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) deve liberar somente amanhã os 8 km interditados da BR-101, no litoral sul de Santa Catarina. Em decorrência das chuvas que atingiram a região durante o fim de semana, um metro de água ainda permanecia no trecho da estrada que vai dos quilômetros 404 ao 412, nos municípios de Maracajá e Araranguá, até ontem à tarde. Por conta das cheias, 2.212 pessoas que viviam na região afetada tiveram de deixar o local.
A forte chuva que caiu sobre a região no último fim de semana cerca de 200 milímetros, equivalente ao previsto para o mês inteiro atingiu 18 municípios, dos quais onze decretaram situação de emergência: Lauro Müller, Meleiro, Criciúma, Turvo, Nova Veneza, Içara, Araranguá, Forquilhinha, Ermo, Siderópolis e Jacinto Machado. Segundo o diretor da Defesa Civil catarinense, major Márcio Luiz Alves, esse número deve aumentar.
Diferentemente das chuvas de novembro, que causaram prejuízos principalmente no litoral norte e no Vale do Itajaí, as chuvas do fim de semana atingiram o sul do estado. O Vale do Araranguá, uma extensa planície, é a área mais castigada.
O Rio Araranguá subiu no domingo 4,3 metros acima do leito normal, provocando uma das piores enchentes dos últimos anos na região.
Em Araranguá, que ao lado de Nova Veneza foi a cidade mais afetada, a cheia do Rio Araranguá ainda provocava alagamentos nos dois principais bairros. Na cidade, são 1.172 pessoas desabrigadas ou desalojadas. De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Araranguá, Ernane Ribeiro Filho, a situação deve se estabilizar na sexta.
Parou de chover ontem, e o sol apareceu em boa parte do sul catarinense. A água, no entanto, não baixou e muitas ruas continuam alagadas. O gerente de Prevenções da Defesa Civil, capitão Edi de Souza, calcula que ainda deve demorar de quatro a cinco dias para que as famílias possam retornar para casa.
No fim da tarde de ontem, o Rio Araranguá ainda estava 3,3 metros acima do nível normal. Diminuiu apenas um metro em relação a domingo. Muitas casas, especialmente as ribeirinhas, estão com quase dois metros de água.
Em Criciúma, as famílias começaram a ser cadastradas ontem pela assistência social do município. A maioria perdeu tudo, de roupas a móveis e eletrodomésticos. A prefeitura precisa de voluntários para trabalhar no centro de triagem de doações para os atingidos.
Em reunião da Defesa Civil com prefeitos da região ficou definido que as casas atingidas pela enchente apenas serão liberadas depois de uma avaliação do imóvel. Os técnicos dos municípios também iniciaram o levantamento dos estragos.
Desvio
Um desvio com fluxo nos dois sentidos da BR-101, que aumenta em 30 quilômetros a viagem, passando pelas cidades de Forquilhinha, Meleiro, Turvo e Ermo, é a solução para os ônibus e carros de passeio. Pelo menos 200 caminhões permaneciam parados hoje à tarde nos postos e acostamentos nas margens da rodovia. O transporte de cargas entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul está sendo feito apenas pela BR-116.
Até ontem, cerca de 15 veículos ilhados no trecho interditado ainda permaneciam esperando as águas baixarem. Os outros foram retirados por barcos e helicópteros.
No trecho tomado pela água, o de maior adensamento, estão sendo construídos dois elevados um com 1,7 quilômetros, no valor de R$ 25 milhões e outro com 368 metros, de R$ 8 milhões como parte das obras de duplicação da rodovia executadas pelo governo federal. Eles ficarão prontos até o fim do ano.
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