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Genebra - O Brasil é um dos mercados emergentes que geram o maior volume de lixo eletrônico per capita a cada ano. O alerta é da Organização das Nações Unidas (ONU), que lançou na segunda-feira seu primeiro relatório sobre o tema e advertiu que o Brasil não tem nem estratégia para lidar com o fenômeno e o tema sequer é prioridade para a indústria. O Brasil é também o país emergente que mais toneladas de geladeiras abandona a cada ano por pessoa e um dos líderes em descartar celulares, tevês e impressoras.

O estudo foi realizado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma). A estimativa é de que, no mundo, 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico são gerados por ano. Grande parte certamente ocorre nos países ricos. Mas a ONU alerta agora para a explosão do fenômeno nos emergentes e a falta de capacidade para lidar com esse material, muitas vezes perigoso.

Por ano, o Brasil abandona 96,8 mil toneladas de PCs. O volume só é inferior ao da China, com 300 mil. Mas, per capita, o Brasil é o líder. Por ano, cada brasileiro joga fora o equivalente a meio quilo desse lixo eletrônico. Na China, com uma população bem maior, a taxa per capita é de 0,23 quilo.

Outra preocupação da ONU é com a quantidade de geladeiras que terminam no lixo no Brasil. O país é o líder entre os emergentes, ao lado da China. São 0,4 quilo por pessoa por ano. Em números absolutos, seriam 115 mil toneladas no Brasil, contra 495 mil na China.

A avaliação da ONU é de que o Brasil estaria no grupo de países mais preparados para enfrentar o desafio do lixo eletrônico. Mas o alerta é de que a situação hoje não é satisfatória.

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