• Carregando...
Um dos autores do crime foge andando, aparentemente machucado | Divulgação / Polícia Civil
Um dos autores do crime foge andando, aparentemente machucado| Foto: Divulgação / Polícia Civil

A Delegacia de Homicídios de Curitiba descarta a possibilidade de o estudante francês Vincent Thomas Melin, de 19 anos, ter sido vítima de latrocínio. Conforme o delegado Rubens Recalcatti, em entrevista coletiva prestada nesta quarta-feira (29), a hipótese é que houve uma desavença com dois homens após a saída de Melin de um bar. O jovem foi morto a facadas no último domingo, no Alto São Francisco.

Os depoimentos colhidos pela polícia indicam que o rapaz estaria um pouco alterado. Melin chegou a deixar a carteira de identidade com amigos e estaria dirigindo-se para a casa onde morava há cinco meses, na Rua Carlos de Carvalho, no Centro.

Nas imagens registradas por uma câmera de segurança da região é possível observar dois homens. Após alguns minutos, um dos suspeitos de estar envolvido no crime reaparece mancando. Melin praticava Krav Magá, luta de defesa pessoal. Recalcatti afirma ainda que o corpo da vítima tinha sinais de agressão.

Coletiva

Quatro integrantes da família de Melin participaram da entrevista e demonstraram indignação pela violência do caso. A mãe dele, Michele Delauny Melin, 45 anos, não acredita que o rapaz tenha se envolvido em uma briga. Michele mora na França e estava em férias para visitar os dois filhos desde o dia 19. Emocionada, ela contou o momento que recebeu a ligação do número do celular do filho. "O telefone tocou e eu atendi. Ninguém me disse o que estava acontecendo, mas senti que alguma coisa estava errada." Ela soube da morte do filho horas depois, quando um policial a procurou.

Michele estava no hospital acompanhando o outro filho, de 20 anos, que estava internado com pneumonia. "Fiquei em estado de choque. Este tipo de morte não tem nada a ver com o meu filho", diz. Ela conta que a última vez que falou com o filho foi às 22 horas de sábado e que Melin não lhe disse que iria sair. "Agora só queremos saber a verdade."

A avó do estudante, Jael Delauny, 77 anos, é brasileira e mora em Curitiba. Ela conta que o rapaz estava morando na capital paranaense há cinco meses, a fim de prestar vestibular para Psicologia. Jael relata que o neto gostava muito do Brasil e que tinha intenção de morar no país. O jovem costumava passar as férias em Curitiba ou em Aracaju, no Sergipe, onde mora uma tia.

"Ele queria morar aqui". O rapaz nasceu em Biarritz, na França, e era filho de mãe brasileira e pai francês. Melin tinha dois irmãos: um de 17 anos, que mora com os pais, e outro de 20, que morava com ele em Curitiba.

"Ele era uma pessoa tranquila, da paz. Costumávamos sair durante o dia, em passeios para chácaras e parques", disse a namorada do jovem, que também não acredita que ele tenha se envolvido em uma briga.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]