Brasília – O novo comandante da Aeronáutica, o brigadeiro Juniti Saito, defendeu ontem o sistema de controle do tráfego aéreo militar, como funciona atualmente, embora ressalvando que a Força Aérea "não pleiteia que a atividade seja de sua exclusividade".

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Depois de afirmar, em discurso de posse, que o sistema montado pela Aeronáutica, ao longo dos últimos 30 anos, tem uma "estrutura invejável de defesa e controle do tráfego aéreo", o comandante aproveitou ainda para responder às críticas que existem sobre as condições de trabalho dos controladores, alegando que elas "são apropriadas".

No ano passado, o ministro da Defesa, Waldir Pires, entrou em choque com o Comando da Aeronáutica após o desastre com o vôo 1907 da Gol, em 29 de setembro, que provocou uma polêmica sobre as deficiências do controle aéreo brasileiro.

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Na época, os controladores de vôos defenderam a desmilitarização do setor – o Brasil é um dos cinco países no mundo em que o controle aéreo é militar. Em meio à crise, Pires recebeu sargentos para negociar, negou as desavenças com a Aeronáutica e defendeu a desmilitarização, afirmando que a carreira de controlador de vôo "no mundo todo é civil".