O goleiro Bruno Fernandes admitiu nesta quarta-feira (6) que sua ex-amante Eliza Samudio, de 24 anos, foi assassinada e teve o corpo esquartejado e jogado para cães comerem pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Durante seu depoimento no julgamento que é realizado desde segunda-feira (4) no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, o jogador alegou que não tinha conhecimento prévio do crime e que a execução da jovem foi tramada pelo seu braço direito e amigo de infância Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, mas assumiu que se beneficiou da morte e que poderia ter evitado que ela ocorresse. "Não sabia, não mandei, mas aceitei", disse o goleiro, referindo-se ao assassinato.
O atleta foi o primeiro dos nove acusados do caso a acusar nominalmente Bola, que responde a outros processos por assassinato, inclusive com ocultação de cadáver, como é o caso de Eliza, morta em 10 de junho de 2010 e cujo corpo nunca foi encontrado. Bruno está preso desde o mês seguinte, mas até então negava a morte da ex-amante, que exigia dinheiro do jogador por causa do filho que tiveram e que hoje está com a mãe da vítima, Sônia Fátima de Moura, que acompanhou o depoimento sentada atrás de Bruno.
Macarrão também havia confessado que Eliza foi assassinada durante julgamento realizado em novembro, mas afirmou que Bruno foi o mandante do crime, assim como do sequestro e cárcere privado da jovem. "Cadê Eliza? Pelo amor de Deus, o que vocês fizeram com ela?" alegou ter dito o goleiro a Macarrão e a seu primo Jorge Luiz Lisboa Rosa ao vê-los voltando para o sítio em Esmeraldas com o filho de Eliza no colo, mas sem a mãe. "Perguntei a ele (Macarrão) por que fez isso. Não tinha necessidade", declarou o goleiro. "A menina estava demais. Estava atrapalhando nossos planos, nossos projetos", teria respondido Macarrão, segundo o depoimento do jogador, que era capitão do Flamengo e tinha proposta para atuar em uma equipe da Europa quando Eliza foi morta.
Pena
A estratégia do goleiro, além de tentar se livrar da acusação de ter planejado e ordenado a execução do crime, é conseguir uma redução da pena como ocorreu com Macarrão, que foi condenado a 15 anos de prisão, sendo 12 em regime fechado. Pelo Código Penal uma acusação de homicídio triplamente qualificado como deste caso pode render até 30 anos de cadeia aos réus. O depoimento de Bruno começou no início da tarde e, por quase três horas, o goleiro respondeu às perguntas feitas pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, que preside o Tribunal do Júri do Fórum de Contagem.
Durante o questionamento, o goleiro praticamente ratificou todo o depoimento prestado por Jorge, o primeiro a admitir o crime, ocorrido quando ele tinha 17 anos - o que lhe rendeu pouco mais de dois anos de internação como medida socioeducativa. Mas o goleiro negou que Eliza tivesse sido sequestrada e tentou mostrar preocupação com a mulher, a quem alegou ter dado R$ 30 mil para "resolver problemas pessoais". Ele também disse que ela ganharia um apartamento em Minas Gerais para morar com o filho do casal.
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