O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), estava, no início da manhã, a caminho do centro de operações montado no 23º Batalhão da Polícia Militar fluminense, no Leblon, onde concederá entrevista coletiva à imprensa ao lado do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, sobre a ocupação da Rocinha, ocorrida no fim da madrugada deste domingo (13).
Com o domínio da favela, anunciado desde as 6h deste domingo, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) buscam um ponto para hastear a bandeira do Brasil.
O ato simbólico de reconquista do território antes dominados por traficantes deverá ser realizado até o meio-dia. Para isso, os policiais procuram um ponto no alto da comunidade com visibilidade e segurança. A Secretaria de Segurança promete informar o local e horário para que o ato seja acompanhado pela imprensa.
O coronel Alberto Pinheiro Neto, chefe do Estado Maior da PM, informou às 6h25 que a decisão de iniciar a operação antes do amanhecer, às 4h, foi uma forma de minimizar os transtornos com interdição de vias importantes para a cidade, como a Avenida Niemeyer e a Autoestrada Lagoa-Barra. Nas ocupações de outras favelas, como Alemão e Mangueira, o trabalho começou por volta de 6h.
"Devido à importância de várias vias na região para cidade, nosso objetivo foi realizar a operação mais cedo, num fim de semana de feriado, para evitar efeitos colaterais", disse Pinheiro Neto.
Às 8h, a maioria dos 18 blindados da Marinha que foram usados para levar os policiais para dentro da Rocinha, já estava de volta ao Centro de Operações no Leblon. Muitos moradores da região observavam a movimentação nas calçadas. Alguns acenavam para os militares; outros tiravam fotos ao lado dos veículos de guerra.
Vários militares contaram ter encontrado carros e motos atravessados no caminho e muito óleo espalhado em algumas vielas da Rocinha. Nada, porém, foi obstáculos para os veículos da Força, que são se deslocam sobre esteiras.
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