Vídeo| Foto: TV Paranaense

Quase mil pessoas receberam homenagens ou títulos concedidos pela Câmara Municipal de Curitiba em 2006. Foram 923 homenageados, além de 35 que se tornaram Cidadão Honorário ou Vulto Emérito. Para a entrega das honrarias, foram realizadas 79 sessões solenes, enquanto as sessões plenárias – nas quais são votados projetos de lei – totalizaram 120.

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Os 22 prêmios existentes hoje na Câmara custam R$ 100 mil por ano aos cofres públicos. E os vereadores querem mais: há seis projetos de lei propondo novas titulações tramitando na Casa.

Com tanta gente sendo homenageada, os prêmios perdem prestígio. O vereador Luís Ernesto (PSDB), por exemplo, já passou por uma situação constrangedora ao indicar um profissional reconhecido da área científica para ser homenageado. "A pessoa me disse assim: ‘Para quê? O que eu vou dizer?’", conta. "Ele cita dois ou três que receberam e não tinham notoriedade. Você fica sem resposta", afirma Ernesto. A recusa foi para um dos títulos mais tradicionais, o de Cidadão Honorário, criado em 1978.

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A situação tornou Luís Ernesto um dos vereadores mais radicais no discurso contra o excesso de homenagens. "Tem de tirar os prêmios que já existem. Um por ano é suficiente para as pessoas poderem valorizar o prêmio, senão não tem valor nenhum", diz.

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Impedir a criação de novos prêmios, sim. Diminuir, não. É o que pretende o vereador Mário Celso Cunha (PSDB), líder do prefeito Beto Richa, no seu projeto de lei apresentado em abril. "Queremos acabar com a criação de novos prêmios por causa de todo esse aparato de despesa e a desvalorização dos homenageados", justifica. O projeto não é retroativo e será válido após os outros seis que tramitam sejam votados: Motorista do Ano, Prêmio Lala Schneider, Maestro Bento Mossurunga, Pastor Bruno Skolimowski, Mulheres Empreendedoras de Curitiba e Paz e Cultura.

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