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Não é qualquer atividade física que resolve o problema de quem não quer ter altos índices de açúcar no sangue. "Só os exercícios aeróbicos têm efeito. Quando a pessoa não faz este tipo de atividade, deixa de utilizar glicose, por isso há uma sobra da substância no organismo", explica Silmara Leite, do Centro de Diabete de Curitiba. O diretor do Central de Medicamentos do Paraná, Luiz Fernando Ribas, reforça a informação: "vôlei e futebol são esportes complementares. A pessoa corre e pára, por isso não é possível considerá-los aeróbicos", explica. Ele propõe a caminhada por pelo menos 30 minutos, três vezes por semana. "Costumo falar para os pacientes que, se eles não escovam os dentes por dois dias seguidos, os efeitos já começam a aparecer. O mesmo acontece para um corpo sem atividade", compara.

Em Curitiba, a proposta de seguir uma alimentação mais balanceada e tornar a caminhada um hábito é estimulada pelo Programa de Atenção ao Diabetes, que atende mais de 24 mil pessoas nas unidades de saúde da capital. "Mudar hábitos de vida não é uma coisa fácil, formamos grupos de trabalho com os pacientes para que se motive o autocuidado. A gente oferece os instrumentos – consulta, medicação, palestras –, mas de nada adianta se pessoa não utilizá-los", afirma a diretora do Centro de Informações da Secretaria Municipal de Saúde, Eliane Chomatas.

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