Uma nova cratera surgiu no Centro de Curitiba no último final de semana. O buraco da vez é em frente à entrada lateral da Câmara de Vereadores, na Avenida Visconde de Guarapuava, quase esquina com a Rua José Loureiro. O calçamento do local cedeu sábado (21) por não suportar o peso de um caminhão-guindaste, que instalava novos aparelhos de ar-condicionado no prédio da Câmara. Segundo a Câmara, a empresa responsável pelos equipamentos vai providenciar os reparos, sem custos adicionais.
O buraco foi aberto depois que o caminhão manobrou para efetuar a instalação do ar-condicionado. De acordo com a Câmara, o veículo pesava 7 toneladas e carregava equipamentos de 3,5 toneladas. Por causa do excesso de peso, a tampa de concreto de uma caixa – que mede cerca de um metro quadrado – da Sanepar acabou se quebrando. A cratera tem meio metro de profundidade.
Para evitar que o deslizamento de terra aumentasse as dimensões do buraco, uma apara de madeira foi colocada no local, que está isolado. O calçamento de petit-pavê também sofreu afundamento em uma área no entorno da cratera. Ainda não há previsão para que os reparos sejam concluídos.
Outros casos
Nesta segunda-feira (23), a Gazeta do Povo havia mostrado que Curitiba já registrou pelo menos outras quatro crateras neste ano, abertas por causa do volume excessivo de chuvas, concentrado em um curto período de tempo. “É uma época de chuvas torrenciais, em que se cai um volume grande de água em pouco espaço de tempo. As galerias, construídas décadas atrás, não estão dimensionadas para isso. Quando o volume é muito grande, pode acontecer de as galerias se romperem. Aí, cede o asfalto e se abre o buraco”, explicou o superintendente de manutenção urbana da Secretaria de Governo da prefeitura, engenheiro Luciano Canto.
O buraco mais expressivo, entrentanto, surgiu em junho do ano passado, quando um buraco de 5 metros de diâmetro por 2 metros de profundidade se abriu na Praça Carlos Gomes, no Centro de Curitiba. A cratera chegou a engolir dois bancos e demorou mais de 15 dias para ser fechada. A erosão se formou após um período de chuvas contínuas, que fizeram com que o Rio Ivo – que é canalizado sob a praça – não suportasse a volume de água.