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Com tarifas distintas, Colombo-CIC volta a operar na região metropolitana de Curitiba

 | Henry Milleo/Gazeta do Povo
(Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo)

A reintegração do transporte metropolitano prometida pelo recém empossado prefeito Rafael Greca (PMN) e reafirmada pelo governador Beto Richa (PSDB) começou nesta segunda-feira (23) com a volta da linha Colombo-CIC. Passageiros aprovaram o retorno da linha, mas ressaltaram que uma reintegração completa ainda depende da volta da tarifa única e também da reunificação da forma de pagamento.

Doroti Calteli, 62, morou 46 anos na CIC e visitava parentes em Colombo regularmente. Com a desintegração e dores no tornozelo em função de uma cirurgia, ela se via obrigada a atravessar o terminal do Cabral por um túnel subterrâneo e ficar mais 20 minutos de pé aguardando o Cabral-Maracanã. “Nesse período, ficou muito ruim para mim. Daí minha filha passou a me levar de carro”, disse Doroti, assentindo para o fato de que a carona lhe tirava a autonomia. “Ela fazia de bom grado. Fui até morar com ela no Xaxim em função disso. Mas é claro que tira um pouco (da autonomia)”.

No primeiro dia da volta da Colombo-CIC, passageiros conviveram com superlotação para quem estava saindo de Colombo no início da manhã, segundo relatos de motoristas. Por volta das 9 horas, entretanto, a viagem já era feita com mais conforto.

Uma cobradora contou que o intervalo entre ônibus estava em 12 minutos e, de fato, a reportagem esperou exatos 12 minutos para embaçar em um carro que a levaria até Colombo. O horário da linha disponibilizado pela Urbs mostra que, após as 9 horas, o intervalo da linha é, em média, de 12 minutos. Mas os painéis nas estações-tubo e nos terminais ainda não estão exibindo a previsão de chegada dos veículos, um padrão nas linhas da Urbs que não foi mantido nas metropolitanas após a desintegração.

Tarifa única

O gerente Carlos Henrique dá Silva, 34, faz duas vezes por semana o trajeto de 26 quilômetros entre a CIC e o Terminal do Maracanã, em Colombo. Ele também apontou como “positiva” a volta da antiga linha. “Me poupa uns 20 minutos”, resumiu. Em função da desintegração financeira da RIT, ele passou a ter dois cartões-transporte: um da Urbs, para embarcar em Curitiba; e um da Metrocard, esse recarregado por ele próprio.

Além de dois cartões, Carlos Henrique e todos os demais passageiros que utilizam essa linha ainda convivem com outro hábito incomum para um sistema “integrado”: duas tarifas diferentes. Quem embarca em Curitiba, paga R$ 3,70. O valor para vir à capital de Colombo está em R$ 3,80.

Rafael Greca prometeu reintegrar todo o sistema até julho e disse que acha importante a reunificação na forma de pagamento. Como isso vai ocorrer, porem, ainda não está certo.

A próxima linha a ser recriada, segundo anúncio do próprio prefeito, deverá ser a que liga Araucária a Curitiba. Ainda não há um cronograma definido para isso.

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