O número de ataques em Santa Catarina chegou a 98. O último foi registrado em Tubarão na madrugada desta quinta-feira (14). Suspeitos atearam fogo em um caminhão, que estava estacionado em frente a uma residência. O veículo ficou parcialmente danificado, de acordo com o jornal Diário Catarinense.
A onda de violência em Santa Catarina já dura 16 dias e atingiu 30 cidades. Na quarta-feira, um ônibus foi parcialmente queimado em Florianópolis e um adolescente foi apreendido quando tentava atear fogo a veículo no bairro Ponte do Imaruim, em Palhoça (região metropolitana).
Greve de ônibus
A violência em SC pode também desencadear uma greve no transporte coletivo. Motoristas e cobradores afirmam que as medidas tomadas pelas autoridades como a redução do horário de operação e escolta de alguns veículos não são suficientes para garantir a segurança dos trabalhadores. A categoria se reúne nesta quinta-feira e pode entrar em greve, segundo o Diário Catarinense.
Transferência de presos
O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se reuniram na quarta-feira, em Florianópolis, para definir como será a transferência de presos que comandam ações criminosas como os ataques que atingem o estado de Santa Catarina há 15 dias de dentro do sistema prisional para unidades de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Os presídios federais estão localizados em municípios do Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Paraná, Brasília e Rondônia.
Por uma questão de segurança, o governo do estado não irá divulgar quando deverá ocorrer a transferência e nem o número de detentos que devem ser levados para unidades federais. "O sigilo é fundamental e estratégico para o sucesso desse tipo de operação", destacou Raimundo Colombo. As autoridades não descartam também a possibilidade da presença da Força Nacional de Segurança em Santa Catarina. para unidades de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) em presídios federais. A logística e quantidade de vagas, no entanto, não foram discutidas no encontro. Apenas que as unidades federais ficam nos estados do Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Paraná, Brasília e Rondônia.