Quem ainda não se vacinou contra a rubéola tem até as 17 horas de segunda-feira (15) para tomar a dose em qualquer unidade de saúde do Paraná. Às vésperas do encerramento da campanha nacional de imunização contra a doença, iniciada em agosto pelo Ministério da Saúde (MS), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) estima que mais de 340 mil paranaenses que deveriam tomar a vacina ainda não foram imunizados.
O público-alvo da campanha são adultos, entre 20 e 39 anos de idade, que somam, segundo a Sesa, 3.481.027 de pessoas. Destas, 3.140.048, ou 90,2%, se vacinaram, mas o ideal, de acordo com o MS, é imunizar 95% da população-alvo. Para Inês Vian, chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Paraná, a explicação para a participação insuficiente dos paranaenses na campanha está apenas na falta de vontade. "Divulgação não faltou, todos estão sabendo", diz Inês. "E, diferente de campanhas direcionadas a crianças, não há necessidade de acompanhamento dos pais. É o próprio paciente que deve ir atrás de sua vacinação".
Os postos de saúde funcionam de segunda a sexta, das 8 às 17 horas. Neste último fim de semana da campanha, fica a critério de cada município manter as unidades em funcionamento ou não, segundo a Sesa.
Em Curitiba, segundo a secretaria municipal de saúde, a vacina poderá ser tomada nos Centros de Urgências Médicas 24 horas. Será montado ainda um estande da secretaria na Praça Rui Barbosa, no Centro, entre 10 e 13 horas, para quem quiser tomar a injeção. "Nos demais municípios, orientamos os moradores a procurarem a prefeitura ou a secretaria municipal de saúde para se informar sobre os horários de vacinação no fim de semana", diz Inês.
No total por sexo, os homens estão atrás na quantidade de vacinados. Enquanto 91,98% das mulheres já tomaram a dose no Paraná, 88,41% do público masculino fez o mesmo. A chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Paraná lamenta o quadro, mas acredita que até a segunda-feira o Estado conseguirá atingir a meta de vacinar os 95% da população. "Estamos convocando quem já tomou a vacina e conhece pessoas que não tomaram, a incentivá-las a procurar um posto de saúde", diz Inês.
Ela ressalta que a importância da imunização está na proteção coletiva, não apenas na individual. "Este ano tivemos 14 casos de rubéola no Paraná. Por mais que pareça pouco, isso significa que ainda há pessoas que estão transmitindo a doença", explica. "O objetivo é erradicar totalmente a rubéola do país, para que quando vier alguém de outro lugar, ninguém precise se preocupar em contrair o vírus".
Em Curitiba, onde a meta já foi atingida, 96,55% da população foi vacinada, segundo o Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (DataSUS). Após a campanha, cada município, em todo o país, faz um relatório da cobertura atingida, que se transforma no relatório final que o governo federal encaminha Organização Mundial de Saúde. Se a avaliação for favorável, em 2009, o país recebe o certificado de erradicação.