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O candidato Walter Tenan, com a cabeça coberta por uma jaqueta de couro preta, no momento em que entrava no carro que o levaria à prisão | João Varella / Gazeta do Povo
O candidato Walter Tenan, com a cabeça coberta por uma jaqueta de couro preta, no momento em que entrava no carro que o levaria à prisão| Foto: João Varella / Gazeta do Povo
  • Material apreendido das lojas Tenan

O empresário Walter Tenan, 51 anos, candidato pelo PMDB à prefeitura de Porecatu, no Norte do Paraná, foi preso na madrugada desta quinta-feira (11) por policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga. Ele é acusado de encabeçar uma quadrilha que receptava cargas contrabandeadas.

A polícia encheu dois caminhões com produtos eletro-eletrônicos contrabandeados pelo suspeito. O candidato supostamente comercializava os produtos nas lojas Tenan, segundo o delegado Marcus Vinicius Michelotto. Também foram apreendidas duas motos e uma caminhonete Saveiro, usada para trabalhos rotineiros da loja. A polícia ainda não sabe o valor total dos produtos que foram empilhados em uma sala da delegacia.

A polícia chegou até Tenan depois de prender no dia 3 os sócios da Top Distribuidora, Marcos Mariani e Marcelo Eloir Wisniewski. Eles vendiam para as lojas Tenan produtos por 30% do valor da nota fiscal, que registrava valores compatíveis com o mercado. Michelotto contou que as lojas vendiam mercadorias contrabandeadas do Paraguai.

Também faz parte da quadrilha o foragido João Jaime Marson, conhecido como "João Bolinha", de 47 anos, morador da cidade de Lupianópolis. Ele seria responsável por levar carros roubados ou financiados em nome de laranjas para Tenan.

Tenan ficará preso por até cinco dias no Centro de Triagem II, em Piraquara. A prisão dele foi pedida pelos crimes de receptação de mercadorias ilegais, receptação de veículos, formação de quadrilha e estelionato. Durante a coletiva de imprensa, policiais da delegacia mencionaram a fama de "durão" de Tenan e suspeitas de homicídios, porém não foram encontradas provas.

As informações do inquérito policial serão "repassadas para a Receita Federal a fim de encontrar possíveis fraudes no pagamento de impostos", disse Michelloto. "Isso já extrapola a nossa competência". "O aspecto político não nos interessa", ressaltou diversas vezes o delegado, que não soube apontar as conseqüências da prisão temporária na campanha polícia de Tenan.

Outro lado

Walter Tenan passou rapidamente com o corpo coberto por uma jaqueta pelos repórteres que foram até a coletiva. Ele não quis se manifestar. Seu advogado, José Romeu do Amaral Filho, negou todas as acusações, apesar de afirmar não ter conhecimento das acusações que pesam sobre Tenan.

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