O casal que alega ter sido espancado por agentes da Guarda Municipal de Curitiba, em 5 de outubro, diz ter recebido uma ameaça de morte, às 10h29 da manhã de ontem. De acordo com o relato, um número não-identificado ligou para o celular do casal, informando que eles deveriam se manter em silêncio. Caso contrário, seriam mortos. "A pessoa avisou que o caso estava tendo muito espaço na mídia. Disse também que já tinham o nosso endereço e que, se não seguissemos a ordem, eles viriam executar as ameaças", diz o estudante.

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Na tarde de ontem, o casal registrou boletim de ocorrência e seguiu para a Corregedoria da Polícia Civil para denunciar o fato. Mesmo com a ameaça, os estudantes prometem levar o caso até que a investigação seja concluída.

Hoje, o casal deve formalizar a denúncia das agressões e da ameaça no Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, os estudantes deveriam entrar em contato com a Ouvidoria e com a Secretaria da Defesa Social para pedir proteção.

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O casal conta que fugia de uma tentativa de assalto quando procurou apoio da Guarda Municipal na Rua da Cidadania do Pinheirinho. O estopim da confusão teria sido a forma de tratamento para o agente: "Senhor guardinha". Nas mãos dos agentes, além das agressões ao casal, a estudante teria sofrido ameaças de violência sexual. Encaminhados a uma delegacia, eles teriam sido agredidos também por um policial civil. Depois de terem sido liberados, os estudantes foram atendidos no Hospital do Trabalhador. Os três agentes da Guarda Municipal acusados de envolvimento no caso foram afastados. Foi aberto procedimento administrativo para apurar a denúncia.