Após a confirmação de que o paciente guineano Soulyname Bah, 47, não é portador do vírus Ebola, o esquema de monitoramento preventivo de pessoas que tiveram contato com o suspeito de estar infectado, no Brasil, foi desmontado. Mesmo assim, Cascavel, no Oeste do Paraná, onde o guineano estava quando procurou o posto de saúde, vai continuar monitorando 14 estrangeiros. Nove deles são oriundos da Guiné, país do extremo oeste africano afetado por uma epidemia da doença. As entidades que acolhem estrangeiros em busca de emprego no Oeste do Paraná reforçaram a segurança para evitar possíveis contaminações.
No albergue André Luiz, onde Soulyname Bah estava hospedado, os funcionários passaram, desde esta segunda-feira (13), a trabalhar paramentados com aventais, máscaras, óculos de proteção e luvas. Eles também estão verificando a temperatura de todas as pessoas que pernoitam no local. Junto com os funcionários do Centro de Referência Especializado de Assistência Social para População em Situação de Rua (Creas POP) eles participaram de um treinamento na tarde desta segunda-feira (13) na sede da 10ª Regional de Saúde do Paraná.
De acordo com médica sanitarista, Lilimar Mori, os profissionais das unidades de acolhimento estavam apreensivos já que o paciente que até então era suspeito de ser portador do vírus havia passado por ambos os locais. "O que a gente quer garantir que eles tenham um risco baixo de infecção e que eles tenham tranquilidade para exercer suas funções", diz a médica.As 19 horas desta segunda-feira (13) estavam no albergue 21 pessoas, entre elas sete da Guiné e dois argentinos. O guineano Diallo Abdoulaye Telly, 28, verificou a temperatura após tomar o banho e depois foi jantar junto com os demais colegas. "Está tudo bem", afirmou.
Fabiane Fauth Ferreira, psicóloga do albergue, disse que agora a rotina será alterada no local. "A gente sempre teve um cuidado com a higienização e agora vai ser maior ainda", afirma. Ela disse que o cuidado será redobrado com os estrangeiros da Guiné. Segundo ela, a paramentação incomoda um pouco, mas é necessário. "Na verdade vai ter que entrar na nossa rotina porque os africanos continuam chegando e a gente vai continuar atendendo", declara.
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