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Violência

Casos de H1N1 causam motim na cadeia de Cascavel

Presidiários estão recebendo tratamento preventivo para conter o surto de gripe  A. | Cesar Machado/Gazeta do Povo
Presidiários estão recebendo tratamento preventivo para conter o surto de gripe A. (Foto: Cesar Machado/Gazeta do Povo)

Presos da cadeia pública de Cascavel, no Oeste, fizeram um tumulto na manhã deste sábado (1) após as visitas semanais serem suspensas devido a um surto de Influenza A dentro do presídio. Autoridades sanitárias confirmaram que cinco presos contraíram o vírus H1N1 e outro com suspeita da doença está internado em estado grave no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop). O detento está isolado e respira com ajuda de aparelhos.

Pela manhã, familiares de presos foram até o presídio que fica na região central de Cascavel para as visitas, mas foram barrados e iniciaram um protesto em frente à 15ª Subdivisão Policial (SDP). Os detentos, então, começaram a gritar, danificar as celas e ameaçaram se rebelar. O Pelotão de Choque e policiais da cavalaria foram deslocados até o presídio, isolaram a área e conversaram com os detentos. Por volta do meio-dia, eles se acalmaram e saíram para o pátio. O juiz Pedro de Alcântara Soares também esteve no local. Na manhã deste sábado, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) encaminhou um preso com sintomas de gripe para uma Unidade de Pronto Atendimento (Upa) da cidade.

Autoridades sanitárias informaram que todos os cerca de 500 presos serão medicamentos com um remédio similar ao Tamiflu. “A gente não está tratando a doença, mas protegendo a pessoa”, diz a médica Lilimar Mori, da 10ª Regional de Saúde. Segundo Mirosalu Bailak, chefe da Regional de Saúde, o período de transmissão da doença dos cinco presos que tiveram diagnóstico positivo já passou.

Bailak lembrou que o período do ano é propenso para doenças respiratórias provocadas por vírus e lembrou que o H1N1 continua circulando e, eventualmente, pode infectar pessoas que estejam desprotegidas. Segundo o secretário municipal de Saúde, Reginaldo Andrade, como medida preventiva, os funcionários do setor de carceragem também serão medicados.

O último caso de gripe A registrado em Cascavel foi em janeiro deste ano, sem relação com os casos do presídio. A preocupação maior é com o caso do paciente que está internado e que ainda não teve o diagnóstico confirmado. Para acelerar o resultado, o exame do material biológico colhido foi encaminhado para um laboratório credenciado em Cascavel. O resultado deve ser divulgado na segunda-feira (03).

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