O Brasil já soma 641 casos confirmados de recém-nascidos com microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, segundo novo balanço do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta terça-feira (1.º). Os dados abrangem os casos em que exames indicam uma má-formação do cérebro dos bebês. Deste total, 82 já tiveram resultado positivo para o vírus da zika em exames.
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Apesar da suspeita, especialistas alertam que ainda não há comprovação de que o vírus tenha causado o problema. Assim como em balanços anteriores, o resultado dos exames que estão sendo realizados para mapear outras possíveis causas da microcefalia (como sífilis, toxoplamose e citomegalovírus, por exemplo) não foi divulgado. O governo, no entanto, diz considerar que “houve infecção pelo zika na maior parte das mães” que tiveram os bebês com o diagnóstico da má-formação.
Casos suspeitos
Ao todo, os casos confirmados representam 10,8% do total de 5.909 notificações de casos suspeitos no período. Destes, 4.222 continuam em investigação. Outros 1.046 foram descartados após exames apontarem resultados normais ou casos de microcefalia não relacionados a infecções, o que excluiria a possibilidade de ligação com o vírus da zika.
Os registros ocorrem em 1.143 municípios de 24 estados e Distrito Federal. Cerca de 80% dos casos estão registrados no Nordeste.
O relatório informa ainda 139 mortes de bebês com suspeita de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso. As mortes ocorreram após o parto ou durante a gestação. Destas, 31 já foram confirmadas. Outras 12 foram descartadas após exames excluírem o quadro, e 96 continuam em investigação.
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