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Celulares são novo “alvo” de roubos em Curitiba; saiba o que fazer

 | Atila Alberti/Tribuna do Paraná
(Foto: Atila Alberti/Tribuna do Paraná)

Um grupo de rapazes se divide pela Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba, e, no meio do comércio de outras mercadorias, como meias e perfumes, oferece celulares dos mais diversos modelos, “na caixa”. Uma venda, no mínimo, duvidosa. Ao mesmo tempo, comerciantes da região comentam que são frequentes os roubos às pessoas que por ali passam – o interesse é nos celulares das vítimas. Os assaltos a comércios que revendem os aparelhos também têm sido cada vez mais frequentes. A polícia confirmou que houve um aumento desses crimes e que muitos celulares estão sendo enviados por quadrilhas para outros estados. A reportagem da Tribuna do Paraná foi produzida pela equipe do “Caçadores de Notícias”.

Não é preciso andar muito para encontrar alguém que já tenha perdido o aparelho para um criminoso. A orientação do delegado Emmanoel David, da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), para evitar esses crimes é ficar alerta. “As pessoas não devem ficar mexendo nos celulares, sem prestar atenção nos locais em que essas pessoas de má índole podem agir.”

Quem teve o aparelho furtado ou roubado, deve procurar a DFR para registrar o boletim de ocorrência. “A vítima deve comparecer com dados básicos do aparelho, ou o IMEI ou o número, para que posteriormente possamos fazer uma investigação e chegar aos receptadores.

A pessoa que comprar um aparelho também deve ficar atenta para não virar alvo de uma investigação policial ­– caso compre uma mercadoria furtada ou roubada, nas ruas ou até mesmo em sites na internet. Em caso de uma autuação por receptação, a pena pode ser de até quatro anos. “Isso se você não estiver vendendo o produto, porque aí a pena fica mais alta e pode até dar prisão em flagrante”.

Um dos rapazes que vende celular “novinho” no Centro de Curitiba, questionado sobre a procedência do celular, respondeu: “É do Paraguai, mas é de primeira linha”.

Investigações

O delegado Emmanoel David, da DFR, confirmou que houve um aumento dos assaltos em que os suspeitos levam celulares, tanto nas ruas quanto nas ações de grupos criminosos em lojas. “A delegacia, nos últimos dois meses, realizou várias prisões em flagrante, preventivas e temporárias de associações criminosas que agem em mais de quatro pessoas, buscando o lucro na venda desses aparelhos furtados ou roubados para receptadores”, comentou. De acordo com ele, as investigações da DFR apontam que os produtos roubados de grandes lojas têm sido enviados para outros estados.

“Diferente dessa situação é o caso de pessoas que são roubadas quando estão na rua ou desatentas. Geralmente, são bandidos que se aproveitam da situação e, muitas vezes, do desleixo da própria vítima para praticar o crime”, apontou. Em muitos desses casos, conforme o delegado os aparelhos são revendidos para comprar drogas.

Em nota, a assessoria de imprensa de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que não existem estatísticas sobre furtos e roubos de celulares. Segundo a nota, “esse tipo de informação não é mensurada, porque, por exemplo, em um roubo a bolsa, o boletim de ocorrência registra a bolsa toda, mas não o aparelho”.

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