O impacto ambiental provocado por cemitérios, principalmente a contaminação de lençóis freáticos, está sendo debatido no primeiro Simpósio Nacional de Engenharia de Cemitérios. O encontro analisa, até esta quarta-feira, alternativas e a importância da adequação aos regulamentos estabelecidos pelo poder público.

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A engenheira agrônoma Elma Romanó, do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), coordena o evento. Ela também é chefe do escritório de Ponta Grossa do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e foi responsável, há duas semanas, pela interdição de um dos cemitérios da cidade, o São Sebastião. Lá, o cenário era digno de uma cena do clássico "Poltergeist": a erosão provocada pela água da chuva chegou a deixar à mostra caixões abertos.

Elma explica que a decomposição dos corpos produz dois ácidos potentes. Sem impermeabilização adequada, eles podem descer até os lençóis freáticos – fontes de água para a população. Outras fontes de contaminação podem ser os metais pesados de caixões e a radioatividade em pessoas que morreram de câncer e passaram por tratamentos de radioterapia.

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