Outro grupo
Em frente à Arena da Baixada, ativistas enfrentam torcedores
Uma parte dos cerca de 15 mil manifestantes que saiu em novo protesto ontem à noite, em Curitiba, se dirigiu à Arena da Baixada, estádio do Atlético Paranaense que irá receber jogos da Copa do Mundo de 2014. Em frente do estádio, o grupo foi recebido com agressões por integrantes da torcida organizada Os Fanáticos, do Atlético Paranaense. A Tropa de Choque foi acionada e houve conflito com a utilização de bombas, paus e pedras. Um carro foi depredado.
Em entrevista por telefone à Gazeta do Povo, o ex-vereador Julião Sobota, membro da diretoria do grupo, disse que a torcida ficou sabendo que outras organizadas teriam a intenção de depredar o estádio, que passa por reformas para o Mundial. "O policiamento aqui [na região] está tranquilo. Na verdade nós somos o policiamento", afirmou ontem Sobota, enquanto aguardava os manifestantes. "Nós concordamos com os protestos, mas quem vier com sangue no olho pode ter certeza de que vai ter prejuízo", alertou, antes do confronto. Até o fechamento desta edição ainda não havia informações sobre o número total de presos e feridos no confronto.
A terceira passeata em Curitiba durante a recente onda de protestos foi também a mais violenta. Na região do Centro Cívico, estações-tubo foram depredadas, o prédio do Jornal do Estado e da prefeitura foram alvo de vandalismo e uma farmácia e um restaurante foram saqueados. A Polícia Militar interveio depois de algum tempo, afugentando parte dos manifestantes. Em frente à Arena da Baixada, houve conflito entre ativistas e torcedores do Atlético Paranaense. Pelo menos 15 mil pessoas estiveram presentes na passeata de ontem, que teve concentração na Praça Rui Barbosa às 18 horas. Até o fechamento desta edição, 14 pessoas haviam sido detidas.
Ainda na Praça Rui Barbosa, os ativistas voltaram a pedir pela tarifa do transporte a R$ 2,60. Anteontem, o prefeito Gustavo Fruet anunciou a queda do valor de R$ 2,85 para R$ 2,70 a partir de 1.º julho.
Novamente os manifestantes se dividiram em dois grupos. Uma parte seguiu pela Avenida Sete de Setembro, bloqueando as passagens de biarticulados entres os shoppings Estação e Curitiba. Em seguida, partiram para pela Rua Pasteur, região do Batel, e seguiram pela Avenida Benjamin Constant, em frente do shopping Crystal. Dali, eles partiram para o Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, onde o clima ficou tenso e a confusão começou. A Polícia Militar demorou a agir e a tropa de choque avançou quando os manifestantes já haviam saqueado lojas e depredado estações-tubo.
As cenas eram de uma verdadeira praça de guerra. Na Avenida Cândido de Abreu, um grupo de manifestantes destruiu tudo o que viu pela frente. Mesas e cadeiras de um restaurante da região, além de lixeiras e papel, foram usadas para interromper o fluxo de veículos. Posteriormente, o material foi queimado. O Corpo de Bombeiros foi até o local.
O prefeito Gustavo Fruet se manifestou via Twitter, dizendo que "há que separar o joio do trigo, senão todos serão cúmplices."
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"Passaram todos os limites. Presos pela Guarda estão a caminho da delegacia. Imagens e fotos enviadas à Polícia Civil, Federal e MP. Há que separar o joio do trigo, senão todos serão cúmplices!"
Gustavo Fruet, prefeito de Curitiba, via Twitter.
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