Espera-se que Londres, no Reino Unido, chegue a 10 milhões de habitantes nos próximos 30 anos. Os desafios para quem pretende alugar uma casa ou pegar o metrô nessa metrópole europeia são colossais.
Curitiba e o plano da “não mobilidade”
Revisão do Plano Diretor sugere novos eixos de adensamento e bairros mais autônomos a partir do modelo trinário de transporte da capital e seus BRTs
Leia a matéria completaA Curitiba de 2024. Entenda
Discussão sobre a revisão do Plano Diretor da capital paranaense avança na Câmara Municipal. Antes de ir para votação, uma última audiência pública deve ser realizada em agosto próximo. Fique por dentro:
Leia a matéria completa- Imóveis vazios desafiam Plano Diretor
- Dinâmica populacional dos bairros desafia Plano Diretor de Curitiba
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- Após 40 anos, BRT dá sinais de cansaço em Curitiba
A rede de metrô suporta hoje 1,260 milhões de viagens por ano, 20% a mais do que há quatro anos. Ainda assim, em 20 anos, estima-se que a demanda por transporte público terá subido para 50%. As pessoas vivem cada vez mais fora e as oportunidades de trabalho ainda estão no centro. Um milhão de pessoas se deslocam todos os dias da periferia para o centro. É a maior distância entre casa-trabalho de toda a Europa.
O retrato de Londres, com seus mais de 7 milhões habitantes, pode parecer longe da realidade brasileira, mas está bem próximo, principalmente pelas grandes extensões dos nossos territórios. Em Curitiba, 1,7 milhão de pessoas usam o ônibus todos os dias, considerando apenas o transporte dentro da capital.
Para tentar dar vazão à quantidade de pessoas, ações importantes foram tomadas nos últimos anos na capital inglesa, com a construção do metro rápido DLR para a superfície da linha Overground, através da extensão da Linha Jubilee. No entanto, embora a quantidade de trens agora seja superior a 30 por hora seguindo em direção ao centro de Londres, durante a hora do rush a viagem ainda é uma experiência difícil.
Nos próximos 35 anos, segundo o próprio prefeito, Boris Johnson, a capital britânica vai investir cerca de 652 bilhões de euros para manter sua posição como uma das principais cidades do mundo. O plano inclui seis novas pontes e túneis, outro aeroporto, 200 quilômetros de ciclovia em Crossrail, o maior projeto de infraestrutura da Europa.
Todo esse crescimento é fruto, principalmente, da imigração. Antes, 2,7% dos londrinos tinham nascido fora do país. Hoje são 37%. Retrato muito parecido ao de Curitiba, com a diferença, apenas, de que os novos moradores vindos nos últimos anos são de outras regiões do próprio Brasil.
Com a revisão do Plano Diretor, guardadas as proporções, Curitiba espera evitar esse fluxo colossal ao centro da cidade. Mas se Londres, com toda a sua infraestrutura urbana e de transporte, não conseguiu fazer isso, será que a capital do Paraná conseguirá?
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