A estrutura operacional de segurança montada em Curitiba para a Copa do Mundo foi cedida oficialmente esta quarta-feira (13), para a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp). Cérebro da segurança na capital, durante o evento esportivo, o Centro Integrado de Comado e Controle (CICC) fica como legado do Mundial para a segurança pública o Paraná.
Desde o encerramento da Copa, o espaço continuava gravando imagens 24 horas de mais de mil câmeras de videomonitoramento espalhadas pela cidade, mas não podia ser usado pelo governo estadual. Com a cessão do CICC pela União, será possível integrar todo o monitoramento das fronteiras e divisas paranaenses, além do atendimento ao cidadão, por meio de canais telefônicos.
Um termo de cooperação técnica, assinado na manhã desta quarta pelo governador Beto Richa e pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, formalizou a parceria entre estado e governo federal no planejamento estratégico da segurança pública. "A Copa nos deixou esse legado da integração, não à toa, a segurança pública funcionou bem, porque estávamos juntos em planejamento e gestão. Por que não podemos fazer isso no país? Integrar para combater a violência. Queremos uma segurança padrão Copa", afirmou Cardozo.
Segundo o ministro, o repasse de equipamentos aos estados é uma forma de sintonizar os entes federativos no combate ao crime organizado. O trabalho articulado terá foco nas fronteiras com outros países e nas divisas com outros estados, por meio de atuação conjunta de Forças Armadas, Polícias Militar, Civil e Federal. "Essa integração é nosso desafio. Em pouco tempo, devemos sentir uma mudança qualitativa na segurança do país."
Ainda sem prazo definido
Além das mais de mil câmeras de monitoramento das ruas de Curitiba e Região Metropolitana, o CICC centralizará imagens de câmeras instaladas ao longo das fronteiras do Paraná e das divisas com São Paulo e Santa Catarina. O início da ação ainda não tem um prazo definido. Outra mudança será a migração das centrais de atendimento ao cidadão pelos canais 181, 190, 193 e 197 para o espaço. Segundo a Sesp, uma comissão para dar início à mudança deve começar a trabalhar nos próximos dias.
O objetivo com a integração de canais telefônicos e informações é agilizar o atendimento à população, as decisões e medidas em eventuais ocorrências. "A Polícia Federal, Rodoviária, Exército e Guarda Municipal estão vindo. A ideia é trazer o 190 [que hoje funciona na Polícia Militar], alvo de muitas reclamações, para despacho único, todo juntos, inclusive, com o Batalhão de Fronteira", explica o secretário estadual de Segurança Pública, Leon Grupenmacher.