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Imagem mostra casas submersas pela cheia do rio Jacuipe em Alagoas | Thiago Sampaio / AFP Photo
Imagem mostra casas submersas pela cheia do rio Jacuipe em Alagoas| Foto: Thiago Sampaio / AFP Photo

Subiu para 38 o número de mortos pelas chuvas em Alagoas e Pernambuco, de acordo com os balanços divulgados pela Defesa Civil dos dois estados nesta segunda-feira (21). A Defesa Civil informou ao portal G1 que 26 pessoas morreram em Alagoas e o número de desaparecidos já chega a 607, sendo 500 vítimas somente no município de União dos Palmares. Outras 12 mortes foram confirmadas em Pernambuco.

Transtornos em Alagoas

Em Alagoas, os óbitos foram registrados nos municípios de: União dos Palmares (9), Murici (6), Branquinha (4), Rio Largo (3), Santana do Mundaú (2), Joaquim Gomes (1) e Paulo Jacinto (1).

As cidades de Quebrangulo, Santana no Mundaú, Joaquim Gomes e São José da Laje decretaram estado de calamidade pública.

No total, 26.141 pessoas estão desabrigadas. Segundo a Defesa Civil, os municípios que concentram o maior número de desabrigados são: União dos Palmares, com 9 mil; Murici, com 5 mil; Rio Largo, com 2 mil; e Viçosa, com 1,2 mil.

Na Grande Maceió, a cidade de Rio Largo, cortada pelo rio Mundaú foi uma das mais atingidas. De acordo com a prefeitura, cerca de 3 mil casas, localizadas nas proximidades do rio, foram completamente destruídas pela enchente. Há cerca de 30 pessoas desaparecidas e mais de 15 mil desabrigados, alojados em escolas públicas, ginásios de esportes e casas de parentes.

Liberação de recursos

O governador Teotônio Vilela Filho (PSDB), em comunicado oficial informou que decretou estado de calamidade pública em Alagoas e já entrou em contato com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir ajuda às vítimas das cheias e para reconstruir as cidades destruídas pelas enchentes. Ele disse ainda que sobrevoou de helicóptero as áreas atingidas e ficou impressionado com a destruição que as chuvas causaram.

O governo de Alagoas também alertou os prefeitos dos municípios atingidos pelas enchentes que enviem, com a máxima urgência, a Notificação Preliminar de Desastre (Noprede) à Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional. Só com este documento o governo federal pode liberar recursos às cidades atingidas, para que sejam usados na assistência à população desabrigada e desalojada.

O governador de Alagoas disse ainda que está recebendo o apoio do Exército e da Marinha, que cederam caminhões e botes para o transporte e o resgate dos desabrigados. Além disso, Vilela disse que conta com o apoio de três helicópteros para o resgate de pessoas em áreas ilhadas e de difícil acesso.

Vilela pediu ajuda à população para o envio de donativos aos moradores das regiões atingidas pela tragédia. Ele disse ainda que, da parte do governo, várias ações já estão sendo desenvolvidas para atender os desabrigados. A prioridade é a distribuição de água potável, alimentação e remédios. Em Maceió, há vários pontos de coleta para receber donativos da população, principalmente roupas, alimentos não perecíveis e água.

Donativos

Cerca de oito mil cestas básicas doadas pela Companhia Nacional de Abastecimento de Alagoas (Conab-AL) já foram distribuídas para vítimas das enchentes nas cidades atingidas.

Outras 15 mil cestas básicas foram enviadas para a região pela Conab de São Paulo, Minas Gerais, Ceará e Rio Grande do Sul. Helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB)são usados na distribuição dos donativos às comunidades atingidas.

FGTS

A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, informou nesta segunda-feira (21) que os saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para as vítimas das chuvas em Alagoas e Pernambuco poderão ser feitos a partir da próxima semana.

"Vamos fazer o mesmo que fizemos para Santa Catarina e com a mesma rapidez, inclusive liberar o Fundo de Garantia daqueles que tiverem Fundo de Garantia e foram vítimas de enchentes", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Falta de água

A Companhia de Saneamento de Alagoas vai usar 20 carros-pipa para fornecer água às cidades mais atingidas pelas enchentes. De acordo com a empresa, técnicos trabalham para normalizar até terça-feira (22) o abastecimento nas cidades de Quebrangulo e Paulo Jacinto.

Em Palmeira dos Índios, o abastecimento de água ficará suspenso por até 15 dias para implantação de uma adutora provisória sobre o rio Paraíba. Oito carros-pipa serão enviados para a cidade.

O abastecimento de água em Capela deve ser normalizado até quarta-feira (23). A inundação danificou a adutora e os motores de uma estação elevatória. Seis carros-pipa vão abastecer a cidade.

Em Murici, quatro carros-pipa vão fornecer água. O fornecimento de energia elétrica também está prejudicado. Outros dois carros-pipa serão usados em Branquinha.

Pernambuco

Em Pernambuco, 38.360 pessoas tiveram de deixar suas casas no Estado em razão das chuvas dos últimos dias e seguiram para abrigos públicos e residências de amigos e parentes. Mais de 6.400 casas foram atingidas em 49 cidades. Das 12 mortes confirmadas pela Defesa Civil, oito foram registradas no Recife.

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