A Chevron suspendeu temporariamente a sua produção de petróleo no Brasil, após dois incidentes com vazamentos em um intervalo de quatro meses, mas a empresa informou também que a suspensão não muda os planos de investimentos no país.
A companhia era a segunda maior petrolífera do país, atrás apenas da Petrobras.
Na semana passada, a multinacional já havia cortado seu volume de exploração em campos brasileiros pela metade, caindo para quarto lugar no ranking de produção da Agência Nacional de Petróleo (ANP), cedendo lugar à Shell e à Statoil.
Segundo a empresa, até a semana passada, a produção estava em 31,8 mil barris diários líquidos, volume 56 por cento menor que os 73,2 mil barris diários líquidos de petróleo retirados em novembro de 2011, quando ainda não havia ocorrido nenhum derrame no campo operado pela petrolífera norte-americana.
A companhia anunciou na semana passada que ocorreu um segundo vazamento na bacia de Campos, no campo de Frade, a três quilômetros do poço onde ocorreu, em novembro do ano passado, outro incidente envolvendo a empresa petrolífera.
A companhia pediu autorização para suspender temporariamente as operações de produção no campo Frade como medida preventiva, o que foi acatado pela ANP, segundo a Chevron.
A agência reguladora não quis confirmar a informação imediatamente, afirmando que divulgará nota sobre o assunto.
Planos mantidos
Segundo a empresa, a paralisação será apenas por alguns meses e não comprometerá os planos de investimentos no Brasil, que estão mantidos.
A multinacional argumentou que o segundo derrame foi de pequenas proporções e anunciou que já foram colocados três dispositivos de contenção para interromper o vazamento.
A mancha aconteceu no dia 4 deste mês e só na última semana os técnicos da Chevron descobriram a sua origem, uma fissura de 800 metros de comprimento.
A agência reguladora autuou novamente a Chevron porque a petroleira norte-americana não teria tomado as medidas necessárias para evitar a volta das exsudações no solo marinho, após quatro meses do primeiro vazamento.
A Chevron, contudo, afirmou em conferência de imprensa na semana passada que não há evidências ainda de que o segundo vazamento tenha relação com o primeiro.
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