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Chocolate pode reduzir risco de insuficiência cardíaca, diz estudo

Um estudo conduzido com quase 32 mil mulheres suecas de meia-idade e idosas aponta que o consumo moderado de chocolate reduz o risco de insuficiência cardíaca, conforme divulgado em revista da Associação Americana do Coração nesta terça-feira (17).

Mulheres que consumiram uma ou duas porções de chocolate de boa qualidade por semana tiveram um risco 32% menor de insuficiência cardíaca. Se a ingestão aconteceu até três vezes durante um mês, a chance caiu 26%. Para as pessoas que comeram chocolate todos os dias, a pesquisa não apresentou benefícios relacionados ao consumo contra a doença.

Participaram da pesquisa mulheres entre 48 e 83 anos. Até 61 anos, as porções consideradas eram de 30 gramas. Para o restante mais idoso, os pedaços de chocolate tinham 19 gramas. As mulheres responderam a questionários para informar sobre a frequência e o tipo de chocolate que comiam.

Os resultados foram combinados com dados do serviço sueco de hospitalizações e registros de óbitos entre 1998 e 2006, com a adoção de análises estatísticas para chegar a conclusões sobre a relação entre chocolate e insuficiência cardíaca.

Uma possível explicação pode estar nos flavonoides, compostos presentes em chocolates, ligados à diminuição da pressão sanguínea segundo boa parte da comunidade científica.

Segundo a coordenadora do estudo, a médica Murray Mittleman, a ausência de efeito protetor entre mulheres que consumiram chocolate todos os dias provavelmente se justifica pelo acúmulo de gorduras.

"Se você precisa experimentar chocolate, opte pelo amargo e sempre com moderação", diz Mittleman. "Não é possível ignorar que o chocolate é um alimento relativamente calórico e comer grandes quantidades pode levar ao aumento de peso."

A especialista ainda afirma que diferenças nas taxas de cacau dos chocolates consumidos pelas participantes da pesquisa alteram os resultados. No caso sueco, 90% das mulheres afirmaram ter ingerido chocolate ao leite, que contém 30% de sólidos de cacau. Esse valor já seria suficiente para classificar o mesmo produto nos Estados Unidos como chocolate amargo.

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