Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
caos penitenciário

Choque entra na Penitenciária de Alcaçuz para transferir presos

Desde as 14 horas desta quarta, policiais militares estão na Penitenciária de Alcaçuz, onde 26 presos morreram sábado. | ANDRESSA ANHOLETE/AFP
Desde as 14 horas desta quarta, policiais militares estão na Penitenciária de Alcaçuz, onde 26 presos morreram sábado. (Foto: ANDRESSA ANHOLETE/AFP)

Como parte da operação de transferência de detentos, policiais do Batalhão de Choque entraram na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região de Natal (RN), às 14 horas desta quarta-feira (18). A ação, que conta com o uso do helicóptero da corporação, ocorre quatro dias após o motim que deixou 26 mortos na unidade.

O governo do Rio Grande do Norte não informou quantos serão retirados, à qual facção eles pertencem nem para qual cadeia serão levados. Quatro ônibus foram trazidos para a frente da penitenciária, onde aguardam o deslocamento dos presidiários. As duas facções pedem a saída uma da outra do presídio e ameaçam novo confronto.

Desde o amanhecer, homens da Polícia Militar e do Grupo de Operações Especiais dos agentes penitenciários se preparavam para começar o comboio.

No confronto de sábado, presos do PCC mataram homens da facção Sindicato RN. A estratégia do governo é deixar no local detentos de apenas um grupo criminoso, para evitar novos enfrentamentos. Desde o início da semana, os presos estão no comando da prisão.

Com a transferência, o governo espera retomar o controle de Alcaçuz e tranquilizar a situação dentro da unidade.

Pela manhã, a Secretaria estadual de Segurança do Rio Grande do Norte transferiu 119 detentos do Presídio Estadual de Parnamirim (PEP), na região metropolitana de Natal, para o Complexo Raimundo Nonato, na Zona Norte da capital potiguar. A intenção do governo é fazer uma remanejamento de presos nas unidades para acomodar parte dos detentos de Alcaçuz.

Fontes afirmam que internos de Alcaçuz serão transferidos para o PEP, mas ainda não se sabe quantos, quando nem em quais condições isso ocorrerá.

Os cinco chefes da facção que comandou o massacre de Alcaçuz pediram a transferência deles para presídios federais. De acordo com o delegado-geral adjunto, Correia Junior, eles falaram pouco no depoimento, mas deram “informações importantes” à polícia.

O Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) do Rio Grande do Norte identificou até esta quarta-feira sete dos 26 corpos de detentos mortos durante guerra entre facções na Penitenciária de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal. A maioria (15) foi decapitada, e dois foram carbanizados. Segundo o instituto, o trabalho de identificação dos cadáveres pode demorar até um mês.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.