Vento passou dos 90km/h no Oeste
Entre quarta (30) e quinta-feira (1º), em Francisco Beltrão, foram registrados 173 milímetros de chuva. Em Foz do Iguaçu caíram cerca de 160 milímetros e em Palmas foram 127. Nas três cidades esse volume corresponde a cerca de 80% de toda a chuva prevista para o mês de maio. As regiões Oeste e Sudoeste tiveram problemas principalmente por causa das chuvas.
A maioria das cidades do Paraná enfrentou rajadas de vento fortes, acima dos 50 km/h. Em Curitiba, por exemplo, a velocidade do vento na madrugada ficou entre 50 km/h e 60 km/h. Nos Campos Gerais, em Ponta Grossa, o vento ficou entre 70 km/h e 80 km/h. O recorde do dia foi constatado na cidade de Assis Chateaubriand, no Oeste, onde o vento ultrapassou os 90 km/h.
O temporal que ocorreu entre a madrugada e a manhã desta quinta-feira (1º) derrubou árvores e deixou até 100 mil pessoas sem energia elétrica na região de Curitiba, por volta das 6 horas. Ao longo do dia, embora mais fraco, o vento continuava causando problemas, conforme a Companhia Paranaense de Energia (Copel). A empresa informou que às 15h30 horas, 18 mil casas ainda estava desligadas da rede elétrica - 15 mil em Curitiba. Às 11 horas eram 11 mil casas sem eletricidade. A previsão é que a situação seja normalizada até o fim do dia.
Temporais afetaram 2,5 mil pessoas em oito cidades do Paraná.
Até esta manhã, os Bombeiros tinham atendido ao menos sete casos de quedas de árvores sobre residências ou em ruas da capital. Houve uma queda de árvore sobre residência, em Curitiba, na Coronel Pretextato Pena Forte Taborda Ribas, no Santa Quitéria. Uma casa também foi atingida na Rua Dominicanos, no bairro Boa Vista. Colombo, Campina Grande do Sul e Almirante Tamandaré tiveram casos parecidos.
A Prefeitura de Curitiba, via assessoria de imprensa, informou que ocorreram quedas de arvores pela cidade e o destelhamento de uma casa. Em nota, o órgão disse que foram registrados ao menos 50 chamados da população no período das 5 às 10 horas e que "já foram retiradas 25 árvores caídas em vias públicas e realizados outros 30 atendimentos para o corte de galhos com risco de queda."
Conforme dados da Copel, o vendaval que deixou até 100 mil sem energia ocorreu às 4 horas da madrugada. Durante a manhã, mais de 200 eletricistas trabalhavam nas ruas da capital para normalizar o abastecimento de energia. As regiões mais afetadas da capital foram os bairros Bacacheri, Pilarzinho, Santa Felicidade, Portão e Centro. Na região metropolitana, as cidades com mais pessoas atingidas foram Colombo, Pinhais e Piraquara.
Temporal causou estragos em ao menos oito cidades do interior
A Defesa Civil do Paraná aponta que pelo menos 2,5 mil pessoas em oito cidades do Paraná já comunicaram oficialmente estragos por causa das chuvas. No total, 2.586 afetados já foram contabilizados, com 280 desabrigados (pessoas que precisam de abrigo público) e 826 desalojados (pessoas que deixaram suas casas e se hospedaram em casas de amigos ou familiares). Até o momento foram confirmados danos em 165 residências no estado e em 10 edificações comunitárias. No interior do estado, principalmente na Região Sudoeste, na fronteira com a Argentina, os principais problemas foram causados por excesso de chuva, enxurradas e vendavais.
Até o momento, as cidades que compõem o balanço do órgão estadual são Ponta Grossa, Bom Jesus do Sul, Santa Izabel do Oeste, Salgado Filho, São Miguel do Iguaçu, Francisco Beltrão, Ampére e Santo Antonio do Sudoeste. Moradores da última cidade postaram fotos nas redes sociais, nesta quarta (30), com imagens da enxurrada e dos estragos na cidade.
Donos de casa atingida em Curitiba tinham solicitado corte de árvore
Charles Bavaresco, 42 anos, é morador do Santa Quitéria e teve a casa atingida por uma árvore durante a madrugada. A planta ficava na calçada do vizinho e, com o vento, foi derrubada na garagem da residência. Parte do telhado da casa foi danificada, apesar de a garagem ser anexa. Vizinhos que ajudaram Charles estimaram que o conserto vai custar pelo menos R$ 5 mil. "Por sorte, ontem eu esqueci de guardar meu carro; senão, o prejuízo ia ser maior. Estávamos eu e minha esposa em casa, mas ninguém se machucou."
O dono da casa da frente, na parte da calçada onde ficava a árvore, é Fabiano de Paula e Silva Lacerda, 36 anos. Ele reclama que solicitou à prefeitura o corte da árvore em 24 de abril de 2012, porque galhos caíam da planta com frequência. "Na época, o técnico que veio aqui disse que árvore não apresentava risco nenhum. Hoje a árvore caiu e, segundo os funcionários que vieram cortar [a árvore], já estava toda podre por baixo e não tinha raízes."
A Secretaria do Meio Ambiente de Curitiba, via assessoria, confirmou a abertura de um chamado para verificação da árvore no dia mencionado por Fabiano. O histórico da ocorrência aponta que uma vistoria foi feita e que não foram encontrados problemas que causassem risco de queda na árvore. A prefeitura informou, ainda, que os ventos desta madrugada foram muito fortes e que poderiam causar inclusive a queda de árvores saudáveis.
Sobre o fato de possivelmente a madeira estar podre, a secretaria diz que, em muitos casos, não tem condições de fazer uma avaliação profunda da árvore. O órgão relata que Fabiano pode fazer um pedido de avaliação das condições da planta. O fato de não haver possibilidade de analisar com profundidade a árvore antes de cair, no entanto, torna, segundo a secretaria, difícil que possa haver um pedido de ressarcimento de danos causados pelo incidente.
Chuva
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião