O Corpo de Bombeiros informou na tarde desta segunda-feira (12) que chega a 231 o número de mortos no estado do Rio por causa das chuvas.
Em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, são 146 vítimas fatais, sendo 36 mortos no Morro do Bumba. No Rio, são 65 vítimas, 30 no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa. Em São Gonçalo, também na Região Metropolitana, são 16 mortos.
Segundo os bombeiros, também foram registradas vítimas fatais em Magé, Nilópolis, Engenheiro Paulo de Frontin e Petrópolis.
De acordo com a Defesa Civil municipal, as buscas estão encerradas no Morro dos Prazeres.
Em decorrência dos estragos causados pela chuva, a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes anunciou nesta segunda-feira (12), em visita ao Morro do Bumba, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, a antecipação do pagamento do Bolsa família ao cadastrados dos municípios do Rio, Niterói e São Gonçalo.
No Rio, segundo Márcia, 158 mil famílias serão beneficiadas com a decisão. Em Niterói e São Gonçalo serão 13 e 42 mil beneficiados, respectivamente. O valor deveria ser pago do dia 17 até o início do mês de maio, de acordo com o número de cadastro. Mas será pago integralmente nesta sexta-feira (16). As famílias recebem, por filhos matriculados em escolas publicas, de R$ 20 a R$ 200.
Segundo a ministra, as pessoas que perderam documentos podem recorrer às prefeituras de suas cidades para retirar uma guia padrão. "Com este papel, os cadastrados poderão retirar o beneficio na Caixa Econômica Federal", explicou.
Escavações avançam
No Morro do Bumba, segundo a Defesa Civil estadual, 23% de 750 mil m³ já foram escavados, até o início da tarde desta segunda.
No local já foram encontrados duas motos, um carro e uma retroescavadeira, de uma obra que ocorria no local antes do deslizamento.
Os moradores da comunidade que perderam suas casas ou estão em área de risco começaram a ser cadastrados para receber o aluguel social, de cerca de R$ 400.
Ajuda do governo federal
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, anunciou na sexta-feira (9) a liberação de uma linha de crédito para prefeituras que decretaram situação de emergência e estado de calamidade pública. Segundo Lupi, o crédito pode chegar a R$ 1 bilhão, com juros de 3%, pelo programa Pró-Moradia Emergencial, com um prazo de financiamento de até 30 anos.
De acordo com o ministro, as prefeituras do Rio, de Niterói e de São Gonçalo, na Região Metropolitana, estão aptas a receber o dinheiro, contanto que apresentem projetos de construção de casas.
Saque do FGTS
O ministro também afirmou que o saque do FGTS para quem foi atingido pela chuva pode ser sacado já na segunda-feira (12). Lupi disse que há um limite de R$ 4,6 mil para o saque.
Lupi informou que, na tragédia em Santa Catarina, 95% dos atingidos sacaram o dinheiro.
O ministro estava acompanhado do prefeito do Rio Eduardo Paes, que reafirmou que a prefeitura vai retirar famílias de áreas de risco.
Paes disse que os R$ 90 milhões que o governo federal disponibilizou ainda não estão em uso, mas que as obras emergenciais, onde o dinheiro será empregado, já estão sendo feitas. Ele deu como exemplo a desobstrução da Estrada da Grota Funda.
Doações
Moradores do Rio de Janeiro e de Niterói não param de fazer doações para as vítimas de deslizamentos e enchentes nas duas cidades. Ao todo, já foram arrecadadas 129 toneladas de alimentos, água potável, material de higiene, roupas e cobertores nos dois municípios.
Já o banco Itaú-Unibanco, além de promover uma campanha de arrecadação, vai doar R$ 1 milhão para serem usados no socorro às vítimas das enchentes.
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