A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou no fim da tarde desta quinta-feira (15) que, somados os eventos climáticos que atingiram o estado desde a última semana, o número de municípios prejudicados chega a 95, com 130.384 pessoas afetadas. Três pessoas morreram.
Desde a noite de quarta-feira, as chuvas se intensificaram e muitos municípios foram atingidos por temporais, granizo e ventos de até 130 quilômetros por hora. A Defesa Civil reportou quedas de árvores e postes de energia elétrica em praticamente todas as regiões do Estado.
No momento, as cidades que mais sofrem com as consequências das chuvas em excesso são Rio Pardo, Cachoeira do Sul, Nova Santa Rita e São Jerônimo. A estimativa é de que 3.500 pessoas estejam fora de suas casas, seja em abrigos disponibilizados pelo poder público ou recorrendo à ajuda de parentes e amigos. Diversas equipes estão prestando assistência às famílias, entregando lonas, telhas, cestas básicas, kits de higiene e limpeza, kits dormitório e colchões.
Após se reunir com o governador José Ivo Sartori (PMDB) nesta quinta-feira em Porto Alegre, o ministro interino da Integração Nacional, Carlos Vieira, afirmou que o governo federal é solidário à população do Rio Grande do Sul.
Ele frisou que não há contingenciamento de verbas para ações de defesa civil. Também disse que a presidente Dilma Rousseff está preocupada com o problema enfrentado pelo Estado.
“Os créditos destinados às ações de defesa civil são extraordinários, eles não estão ordinariamente contemplados no orçamento da União. É uma maneira que o governo tem de rapidamente dar suporte a questões desses desastres atuais que estamos vivendo no Brasil”, afirmou. Ele não adiantou, no entanto, quanto deverá ser destinado pelo governo federal para que as cidades façam os reparos necessários.
Por enquanto, o Ministério da Integração Nacional está colaborando com o fornecimento dos kits de ajuda humanitária. Uma equipe da pasta também acompanha, há alguns dias, o trabalho da Defesa Civil estadual, ajudando a identificar as demandas da população e dos municípios.
Em Porto Alegre, o tempo melhorou na noite desta quinta-feira, mas moradores de vários pontos da cidade continuavam sem fornecimento de água e energia elétrica. Pela manhã, o governo estimava que cerca de 600 mil pessoas ficaram sem energia no Estado.