As chuvas contínuas que atingem o Paraná desde a última sexta-feira (10) afetaram as médias pluviométricas do período em Curitiba, mas não refletiram em impactos diretos à população. Segundo os dados do Simepar, já choveu, neste mês, 38% a mais do que a média histórica de julho. Apesar do volume anormal, a capital não registrou nenhuma ocorrência como alagamentos, inundações e transbordamento.
A cidade conta com um sistema de alerta, instalado no ano passado, que não precisou ser acionado na chuvarada recente. “Nós realizamos uma série de medidas nos entornos dos rios da cidade e em regiões com maior intensidade de chuvas. Conseguimos zerar todas as possibilidades de cheias”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Renato Lima. Ele afirma que foram feitas operações de gestão de riscos, com ações de manutenção e limpeza, terraplanagem, desobstrução de galerias de água pluvial e roçadas.
Desde 2014, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente tem feito a retirada, em média, de 50 toneladas de lixo dos rios, o que pode ter evitado cheias, principalmente dos rios Barigui e Belém. De acordo com o capitão Eduardo Gomes Pinheiro, da Defesa Civil do Paraná, os rios subiram, mas não oferecem risco à população. “A situação está sob controle. Não verificamos nenhum fato fora da normalidade”, afirma.
Previsão de tempo
Para os próximos dias, as perspectivas são mais otimistas. O meteorologista Samuel Braun, do Simepar, acredita que o período mais complicado já passou. “As chuvas que atingiram o nosso estado nesse mês estão se desviando para São Paulo. Teremos, em Curitiba, algumas chuvas isoladas, mas a partir de domingo o clima deve ficar mais seco”, alega. Ainda chove em algumas regiões no sábado (18), mas a previsão, para todo o Paraná , é de tempo firme, ensolarado, no domingo (19).