Ciclistas de Curitiba preparam um ato para lembrar a morte do chef de restaurante, Thiago Eduardo Pie, de 29 anos, que morreu depois de se envolver em um acidente com um carro, quando ia trabalhar de bicicleta. A manifestação está marcada para a quinta-feira (5), em horário ainda a ser definido. Os cicloativistas devem afixar uma “ghost bike” – um quadro de bicicleta pintado de branco – no ponto da Rua Comendador Araújo em que o acidente ocorreu.
“A ‘ghost bike’ é um símbolo adotado para lembrar das pessoas que estão indo por causa da violência no trânsito”, disse o cicloativista Cristiano Pedro Rosa. “Ao mesmo tempo em que existem pessoas lutando por um trânsito melhor, vemos que isso não está se repetindo por parte de outros, principalmente na questão do respeito”, acrescentou. O horário do ato será definido até quarta-feira (4).
Desde o ano passado, pelo menos seis “ghost bikes” foram colocadas em Curitiba e cidades da região metropolitana. Além disso, os ciclistas costumam pintar no asfalto o contorno de um corpo, na posição em que a vítima estava, quando foi socorrida. “Esses casos não ocorrem só no Centro. Tem muita gente morrendo na periferia e na região metropolitana, por falta de respeito no trânsito”, apontou Rosa.
Os ciclistas também comemoram a decisão da prefeitura de Curitiba de criar uma área em que o limite de velocidade ficará restrito a 40 quilômetros por hora. A região será composta por 140 quarteirões, abrangendo o polígono formados pelas ruas André de Barros/Nilo Cairo, Mariano Torres, Luiz Leão, Inácio Lustosa e Visconde de Nácar.
“É uma decisão que vai contribuir para acalmar o trânsito. Essa redução da velocidade beneficia a todos. São Paulo está mostrando que esse limite favorece até os motoristas. O mais é menos, neste caso”, opinou Rosa.
O caso
Thiago Eduardo Pie ia trabalhar de bicicleta, na última sexta-feira (30), quando foi atropelado por um carro, na Rua Comendador Araújo. Segundo testemunhas, o carro que teria provocado o acidente fugiu, sem que ninguém conseguisse anotar a placa. O chef de cozinha morreu no dia seguinte, no hospital. Pie trabalhava no restaurante Olivença, do qual tinha assumido a chefia da cozinha havia seis meses. Ele deixou a mulher grávida, uma filha e outros familiares.
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