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O sistema que atinge o litoral da região Sul deixou de ser classificado como ciclone e passou a ser considerado tempestade tropical, conforme explicou ao G1 o meteorologista Flávio Varone, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com Varone, a classificação é feita com base em dados de centros de monitoramento de furacões dos Estados Unidos.

"É uma escala logo abaixo do furacão. Em tese, é mais grave que o ciclone, mas nós já tivemos ciclones extratropicais no Brasil que causaram mais danos e tinham ventos mais fortes", disse Varone.

Segundo o meteorologista, no Sul, há registros de ciclones extratropicais que se formam pela diferença de temperatura na região. Esses fenômenos se movimentam de oeste para leste, saem do Rio Grande do Sul e seguem em direção ao Sudeste. Geralmente, passam mais pelo mar, causam ressaca, provocam danos com ventos e ondas fortes.

Alerta

Ainda conforme Varone, o fenômeno que está na região se movimenta de leste para oeste. "Por ser extremamente raro, não temos situação clara do comportamento dele e não temos conhecimento exato dos danos que podem causar. Estamos em estado de alerta para acompanhar o deslocamento desse sistema", disse.

O sistema pode permanecer parado na costa e seguir para o alto-mar, nesta quarta-feira (10), ou então ganhar alguma componente e avançar para costa, o que pode provocar prejuízos.

De acordo com a Defesa Civil, foram emitidos alertas para o litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A previsão é ventos de cerca de 80 km/h. O mar permanece agitado, com ondas de até 4 metros.

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