| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Prefeitura do Rio de Janeiro decidiu reconstruir a ciclovia da Avenida Niemeyer, que desabou em abril, matando duas pessoas. A estimativa é que a obra seja concluída em agosto, mês da Olimpíada na cidade.

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Os três pilares do trecho do acidente passarão por reconstrução com reforço. Outros dois também sofrerão intervenções de segurança.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou, porém, que a reabertura completa da ciclovia depende da conclusão do estudo da Coppe/UFRJ e do INPH (Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias) sobre a estrutura do restante da obra, entre São Conrado e a favela do Vidigal.

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Não há garantia de que ela será reaberta a tempo para os Jogos Olímpicos -que ocorrem entre 5 e 21 de agosto.

“Vamos estudar [toda a ciclovia]. A princípio nenhum outro trecho tinha o risco daquele [que desabou]. Mas só será aberto com o batimento [estudo em toda a ciclovia]. Meu desejo sempre foi reabrir para a Olimpíada. Seria muito triste ter aquele acidente marcado. E, em paralelo a isso, não permitir que os turistas que forem nos visitar desfrutem de uma ciclovia tão bonita”, disse Paes.

A obra ficará a cargo do consórcio Contemat/Concrejato, o mesmo que construiu a ciclovia e responsável pelo projeto executivo considerado falho pelo município.

“A obra foi feita por ele. É responsabilidade dele concluí-la sem ônus adicionais para o município”, declarou o prefeito Eduardo Paes.

Relatório do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio) listou uma sequência de falhas na contratação, planejamento e construção da ciclovia que desabou.

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O novo projeto executivo foi feito em conjunto pela Coppe/UFRJ, INPH, prefeitura e Contemat/Concrejato.

O estudo sobre o acidente já havia identificado que a estrutura da ciclovia deveria ser 12 vezes mais resistente para suportar a força das ondas.

A empresa ainda tem 10% do contrato de R$ 44 milhões a receber. O valor ficará retido até a reconstrução do trecho.

A prefeitura vai comprar duas boias para monitorar ondas -duas já fazem o serviço. A ciclovia também vai contar, quando reaberta, com um sistema de alerta, e será fechada em caso de ondas fortes.

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