Em outro estudo, pesquisadores da UFPR chegaram à conclusão de que 93,4% dos pontos medidos em Curitiba estavam acima do limite de exposição acústica indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O máximo fixado é de 65 decibéis (dBA) escala usada para a avaliação do ruído.
A prefeitura de Curitiba defende que a fiscalização é feita regularmente em ônibus, indústrias e locais indicados pela população. Através do número de telefone 156, são atendidas de 180 a 200 reclamações mensais referentes ao barulho. "Se tiver apenas uma reclamação de um local, mesmo assim haverá a fiscalização", defende a diretora do Departamento de Pesquisa e Monitoramento Ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Dayse Cristina Senna. A maioria das queixas está relacionada a casas noturnas, igrejas e estabelecimentos comerciais que utilizam som alto. As denúncias partem, principalmente, de moradores próximos ao Centro da capital e dos bairros Portão e Boa Vista.
O vice-presidente da área técnica do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon), Euclésio Finatti, aponta que alguns materiais podem diminuir o ruído, como a colação de papel na parede de alvenaria, o uso de carpetes e pequenos buracos no teto. "Porém, não é a estrutura que vai reduzir o barulho para o vizinho, apenas o ruído interno", diz. "Existe a preocupação da população com o barulho e as pessoas que ainda não se preocupam vão começar a se preocupar, pois o som causa problemas que muitas vezes nem é percebido."