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A readequação da malha aérea brasileira, a fim de desafogar os principais aeroportos do país, pode beneficiar o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. Um projeto formulado pela Universidade Estadual do Oeste (Unioeste) e o Conselho Municipal de Turismo (Comtur), que está sendo analisado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), prevê ao terminal o status de ponto de conexão.

O pacote de medidas sugere descontos nas tarifas de pouso e decolagem das aeronaves em rota internacional. Isso garantiria condições de competitividade ao terminal brasileiro em relação a terminais vizinhos no Paraguai e na Argentina. Em alguns casos, a diferença chega a 40%. A proposta seria também uma alternativa ao fomento do turismo aéreo na região por meio da ampliação do número de vôos.

"Com a mudança, o passageiro que hoje faz conexão em São Paulo teria a opção de pousar em Foz do Iguaçu e daqui seguir para outro lugar, sem ter que esperar o mesmo tempo que esperaria nos aeroportos com maior fluxo", explica o superintendente local da Infraero, Joacir Araújo Santos.

Mas mais que as opções domésticas, observa Santos, Foz do Iguaçu poderia voltar a receber os vôos internacionais. O último desta categoria deixou de operar na cidade em setembro de 2005. Atualmente, o aeroporto de Foz opera 12 vôos diários. Em 2006, a crise aérea e as oscilações cambiais provocaram perdas em torno de 12,5% na comparação com 2005 – 835.778 chegadas e partidas contra 731.322. Este ano o movimento já acumula queda em torno de 16,5% em relação ao primeiro semestre do ano passado. "Este é o único aeroporto do mundo que sofre concorrência internacional." Em um raio de 50 quilômetros existem outros dois aeroportos, o de Puerto Iguazú (Argentina) e o de Minga Guazú (Paraguai).

A estratégia da Anac, anunciada nesta semana, privilegia por enquanto apenas os aeroportos próximos a São Paulo, como os de Campinas, Belo Horizonte e São José dos Campos. Mas, de acordo com o presidente do Comtur, Paulo Angeli, a posição estratégica que a cidade ocupa na América Latina e principalmente no Mercosul precisa ser levada em consideração. "Mercado e estruturas disponíveis existem, basta adequá-los." (FW)

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