Ciladas curitibanas: você já foi (e sempre será) vítima delas

Apesar da sua fama de cidade organizada, Curitiba esconde sempre muitas pegadinhas. E mesmo já estando familiarizados a elas, acabamos, por algum motivo, sempre nos tornando vítimas. Quem é curitibano ou mora na capital há algum tempo consegue imaginar perfeitamente algumas dessas ciladas tão características da capital paranaense. A começar pelos....

....parques e seus estacionamentos lotados em dias de sol

Sol em Curitiba não é algo corriqueiro. Pudera. Já foi comprovado que a cidade tem menos dias de sol que Nova York, Berlim, Praga e até mesmo Londres (Londres!). Por isso, quando o céu azul dá o ar da graça em fins de semana, parece que todos têm a mesma ideia - inclusive você, que, então, resolve apreciar o dia em um dos parques da cidade, como o Barigui ou o Jardim Botânico, por exemplo. Mas você vai de carro e se esquece que estacionar vai ser praticamente impossível. De acordo com dados da prefeitura de Curitiba, o Parque Barigui chega a receber, em média, 20 mil visitantes em finais de semana de sol. Mas o local tem apenas 1.950 vagas de carro. Já o Jardim Botânico tem 1,2 milhão de visitantes anuais, e apenas 60 vagas. Ou seja, se você procura tranquilidade, evite ir até esses lugares em dias mais quentes. Ou deixe o carro em casa.

Você precisa ir ao Centro para resolver umas pendências. Mas, de novo, vai de carro

Parar na rua em regiões centrais é quase impossível em horário comercial, e os serviços de estacionamento doem no bolso. A hora pode chegar a custar R$ 14 e não sai por menos de R$ 6. Da próxima vez, melhor avaliar se não vale mais a pena pegar um ônibus. Ir e voltar sai por R$ 7,40 e você ainda pode comer alguma coisa.

Voltando de viagem, você marca um voo que pousa no Aeroporto Afonso Pena numa manhã de inverno

Segundo estatísticas realizadas por funcionários do aeroporto, o Afonso Pena já esteve fechado durante 72 horas e 51 minutos neste ano. Os meses com maior tempo de inatividade foram justamente os de inverno: junho, com um pouco mais de 22 horas; julho, com 13; e agosto, com quase um dia inteiro de inoperação. Então, pense bem no horário do voo se não tiver como evitar de se arriscar no terminal em um dia com muita neblina.

Ficou com fome na madrugada e quis encontrar um lugar para comer e jogar conversa fora

Pelo que aponta a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes curitibano gosta de dormir cedo. Dá para presumir isso porque, segundo a presidente de entidade, Jilcy Rink, a maioria dos restaurantes da capital fecha entre 23 h e 24 h. Em São Paulo, por exemplo, há diversos restaurantes que ficam abertos madrugada adentro. Mas, por aqui, quem procura um lugar para reunir os amigos mais tarde da noite tem que procurar os bares e as casas noturnas, que costumam ficar abertos até as 4 h.

Está atrasado e precisa pegar um dos contornos para chegar mais rápido

Situação difícil. Não confie nos contornos para chegar mais rápido a um destino. São (bem) grandes as chances de você acabar parando em um congestionamento por causa algum acidente que ocorreu na estrada. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que o Contorno Leste (BR-116), que compreende os municípios de Campina Grande do Sul, Piraquara, São José dos Pinhais e Curitiba, é o campeão em acidentes. Foram 712 só neste ano – quase três por dia. No Contorno Sul (BR-376), de janeiro para cá, foram 100. De acordo com a Polícia Militar (PM), no Contorno Norte (PR-418) foram registrados pouco mais de 72 acidentes até agora.

Marcar um piquenique no fim de semana para rever os amigos

É arriscado. Muito arriscado. Não é só por falta de sol que Curitiba sofre. O tempo nublado é diretamente ligado à chuva. Nesse ano, segundo o Simepar, dos 37 fins de semana que tivemos até agora, em 19 choveu – praticamente em metade dos sábados e domingos até agora.

Em nove deles, choveu em apenas um dos dias. Nos outros dez, a precipitação ocorreu no sábado e no domingo, sem um respiro para andar na rua sem guarda-chuva.