O cinegrafista Anderson Leandro, de 36 anos, entrou para as estatísticas de feridos da reintegração de posse da área de 170 mil m². A ação ainda feriu outras três pessoas, inclusive uma criança de 9 anos com queimaduras. Ao lado de outros três profisisonais, Leandro gravava um pequeno foco do confronto em cima de uma ladeira.
Como o senhor analisa a violência que sofreu?
Os policiais estavam de um lado e os manifestantes de outro. De repente, fui atingido. Imaginei que era uma pedra ou uma bomba. Só depois percebi que foi uma bala de borracha. E o tiro foi pensado, com a intenção de acertar alguém que não estava envolvido. Fiz um boletim de ocorrência de lesão corporal. Da PM, espera-se que zele pela segurança dos cidadãos.
O senhor é favorável ao afastamento dos comandantes da operação?
É o mínimo que a PM poderia ter feito. Quando alguém foge à regra e fere a conduta, algo deve ser feito. Há um conjunto de pessoas que foram agredidas ou tomaram tiros de bala de borracha. E o levantamento oficial aponta poucos feridos. Quantos sofreram as atitudes violentas da PM por reagirem a ação da reintegração de posse? Eu não reagi. Se ninguém reagiu, fica óbvio de que não havia a necessidade de tamanha força policial.
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