Os casos de agressão contra motoristas e usuários do Uber se acumulam no País. Na madrugada do sábado passado (8), um casal que utilizava o serviço em Belo Horizonte viu o veículo ser cercado e um homem foi agredido após discussão com taxistas. A jornalista Luciana Machado, que sofreu o ataque, utilizou o Facebook para fazer um desabafo. “Muitos taxistas estão usando a violência para protestar e estão, cada vez mais, perdendo a razão”, escreveu.
O marido de Luciana postou fotos com hematomas no rosto. Os machucados, conforme o relato, teriam sido provocados por taxistas revoltados com o fato de a vítima ter solicitado um carro do Uber. Assim que o veículo chegou, taxistas se aproximaram e começaram as agressões. No relato, a jornalista contou não ter se ferido. “Um deles disse que só não me bateu porque eu sou mulher”, acrescentou.
Há cerca de dois meses a utilização do sistema gera confusão nas ruas da cidade. No início de julho, pelo menos dois conflitos entre taxistas e motoristas do Uber foram registrados em Belo Horizonte. Em um dos confrontos, um carro utilizado pelo sistema de caronas pagas foi amassado e riscado por taxistas.
A discussão sobre o uso do aplicativo na capital mineira chegou à Câmara Municipal, com a realização de tumultuada audiência pública na manhã desta segunda (10) com a presença de taxistas e representantes do aplicativo. A Mesa Diretora vai apresentar projeto de resolução proibindo o funcionamento do Uber, segundo o presidente da Casa, Wellington Magalhães (PTN). “Existe um custo elevado para quem está hoje legalmente na praça, principalmente por conta do pagamento de impostos e taxas, o que não ocorre com o Uber”.
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