Colegas de profissão do piloto José Melo Viana, 51 anos, que teve a família seqüestrada na quinta-feira passada, não entendem por que ele foi escolhido para colocar em prática o plano de resgatar um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), no presídio paulista. Eles também não aceitam a versão dada pelos seqüestradores – de que teriam escolhido o piloto por ele ser arrojado e o único no país com autorização para saltar de pára-quedas. "Isso não tem lógica porque ele teria de parar de voar para poder saltar", disse um companheiro de profissão, que não quis se identificar.

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A empresa de táxi-aéreo de Viana, localizada em Itapema (SC), está entre as 275 do país habilitadas a oferecerem vôos fretados, segundo dados do Departamento de Aviação Civil (DAC). Um colega ainda disse que Viana era um bom piloto, reconhecido, mas que não era considerado o melhor do estado. "Nem sempre era ele que estava voando. Ele tinha a empresa, mas outros pilotos voavam para ele."

Outro amigo que trabalha diretamente com Viana disse que ele pode ter sido escolhido pelo fato de voar em muitos eventos, como festas e rodeios em cidades do interior. Fora da temporada de verão, a aeronave voava no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul. O irmão do piloto, Antônio Jorge Melo Viana, disse que a família está sendo mantida isolada por medida de segurança.

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