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Nesta primeira coluna do ano, quero de início desejar um feliz 2011 a todos os leitores da Gazeta do Povo, especialmente àqueles que me honram com a leitura das reflexões que faço neste espaço todas as segundas-feiras.

E lembro que estamos iniciando o terceiro ano do Acordo Ortográfico da Língua Portu­­guesa, que visa unificar a ortografia dos oitos países que têm o português como língua oficial. Até 31 de dezembro de 2012 ambas as grafias serão aceitas como oficiais. Mas é bom não deixar para a última hora.

Estamos bem adiantados aqui no Brasil. Todos os grandes jornais, revistas, editoras e portais já aderiram às novas regras (aqui na Gazeta começamos em janeiro de 2009) – e isso significa que, se não 99, mais de 90% do que se escreve no país é feito na nova ortografia. Assim, os leitores, mesmo os que não conhecem ainda os detalhes do Acordo, vão aos poucos se acostumando com as mudanças. E quando o assunto é ortografia, nada melhor que acostumar bem nossos olhos. Ou fazemos isso ou vamos ter de lembrar da regra que explica por que escrevemos "decisão" (com "s") e não "decizão" (com "z"). Lembram da regra que fala sobre substantivos derivados de verbos que têm terminação em -der, -dir, -ter e -tir? Neste exato momento estou com uma gramática aberta e aproveitei para dar esse exemplo. Nem me lembrava mais.

Muitas pessoas têm notado que alguns dos principais dicionários de nossa língua mostram uma ou outra divergência de grafia: "bom senso" e "bom-senso", "infantojuvenil" e "infanto juvenil", e mais algumas palavras. Sem novidades. Divergências pontuais sempre existiram. Nesse caso, podemos apostar num bom dicionário e pronto.

Por fim, é bom anotar que a melhor maneira de lidarmos com questões de ortografia é lendo e escrevendo, escrevendo e lendo, lendo e escrevendo...

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