Um triste desabafo chegou ontem às mãos de quem passava durante a manhã pela Rodoferroviária de Curitiba: a carta de uma avó que perdeu o neto de 19 anos em um acidente de ônibus ocorrido há um mês na Rodovia Régis Bittencourt. No dia 22 de dezembro, um veículo da Viação Nossa Senhora da Penha, que ia de Curitiba para o Rio de Janeiro, tombou na altura da cidade de Itapecerica da Serra (SP). O acidente deixou 15 pessoas mortas, entre elas o estudante João Paulo Quintaninha Cordeiro. A carta fala sobre o sofrimento da família e questiona alguns procedimentos adotados pela Viação Penha durante as viagens. Segundo Marcella Lopes Guimarães, tia de João Paulo, o objetivo, além de marcar a data, é evitar que tragédias semelhantes aconteçam. "Houve contatos da empresa com as famílias, para oferecer indenização. Mas aí nós pensamos: vão morrer dez pessoas e eles vão pagar, depois morrem outras dez e eles pagam. É algo muito sério. Não podemos continuar perdendo pessoas."

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Desabafo 2

Quem decidiu escrever a carta foi a avó de João Paulo, Maria Lopes. "Na semana passada, eu cheguei de viagem e minha mãe me deu essa carta. Ela disse que escreveu porque estava com isso engasgado na garganta", conta Marcella. As duas foram até o terminal e ali ficaram até serem abordadas por um fiscal. O funcionário pediu para que elas se retirassem e disse que a panfletagem é proibida no local. Na carta, Maria Lopes avalia que algumas medidas podem trazer riscos aos passageiros. Ela considera, por exemplo, que o motorista deveria ter um auxiliar durante a viagem, já que pode se sentir mal ou ter sono. "Por que, em vez de trocar de motorista, os dois motoristas não seguem do principio até o fim da viagem (como as tripulações de avião fazem, com espaço para descanso, no próprio ônibus)? Os profissionais podem se auxiliar, caso um passe mal, e com isso dar mais segurança para os passageiros", diz.

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Resposta

Segundo o departamento jurídico da Viação Penha, a empresa respeita a jornada de trabalho dos motoristas. No caso da viagem de Curitiba ao Rio, um primeiro condutor assume o volante até São Paulo, onde um segundo motorista toma a direção e conduz o veículo ao Rio. O segundo condutor sobe no ônibus apenas em SP. Segundo a empresa, não há espaço na cabine para um condutor auxiliar.

Jornal poético

Enxergar e produzir poemas diariamente a partir de páginas de jornal. Esse foi o desafio feito pela empresa de cosméticos Natura a cinco poetizas: Lilian Aquino, Bruna Beber, Elisa Buzzo, Marina Wisnik e Ana Guadalupe. Com o mote "Mais poesia para sua rotina", a campanha foi pensada pela agência Salve. Com uma caneta preta e muita inspiração, as cinco mulheres precisam encontrar a poesia escondida nos textos das reportagens, que são escaneadas e transformadas em posts publicados na internet. Todo dia há uma poesia diferente. O poema que aparece na imagem (foto) foi "encontrado" no dia 8 de janeiro pela Lilian Aquino. O desafio segue até o início de fevereiro. Saiba mais em: www.pinterest.com/natura/poetizando/.

Desalinhado

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A respeito da nota publicada ontem sobre o desalinhamento da estação-tubo Maria Clara, a assessoria de imprensa da Urbs afirma que, de fato, a obra não saiu conforme o previsto, pois a mudança exige a desapropriação de um terreno que está sendo questionada na Justiça. "No caso da estação Maria Clara, na Avenida João Gualberto, a criação da faixa de ultrapassagem em frente ao tubo no sentido centro depende de processo judicial de desapropriação de área. Para implantação dessa faixa serão necessárias obras de pavimentação, que não exigirão a retirada da estação-tubo que já foi desalinhada e está em operação desde setembro do ano passado." Fica aqui o esclarecimento.

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