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Entrelinhas

Memórias do Bom Retiro

 | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
(Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo)
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A placa ainda indica a existência de um hospital no local. Mas do velho Bom Retiro só restam os escombros. Aliás, nada foi retirado do terreno desde a demolição do prédio – feita, às pressas, num sábado, 8 de dezembro.

Os moradores não entendem os motivos da demora para a retirada dos escombros do antigo hospital psiquiátrico de Curitiba. Todos têm pressa para ver o novo empreendimento sair do chão.

Sobre a destinação do terreno, muitos alimentam a ilusão de que no espaço será erguido um shopping. Mas na verdade o projeto é para a construção de um condomínimo residencial, segundo confirmou à coluna Eduardo Quiza, diretor de incorporações da Invespar, proprietária da área.

Quiza explica que a retirada dos escombros depende da aprovação do plano de resíduos sólidos, apresentado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O diretor também informou que a obra do residencial não começa tão cedo. Uma das dificuldades será definir o espaço a ser ocupado, já que boa parte do terreno está coberta por um bosque.

Entre os moradores, uma parte sente saudades do Bom Retiro. "Lamentei o que aconteceu, mas fui voluntária lá e sei que foi a única saída para manter o trabalho", diz Crisley Thomé, proprietária de uma academia de dança. Já outros dizem não sentir falta como Mafalda Barbieri, que mora há 51 anos na região.

Dia de ganhar pêssankas

Hoje é dia de renovação de tradições nas antigas comunidades ucranianas, entre elas a de Prudentópolis, município do Paraná onde 70% da população é descendente de ucranianos. Na verdade, lá, nas últimas semanas, o clima já foi de resgate, segundo relata o estudante Nikolas Corrent, que fez uma pesquisa detalhada sobre a manifestação cultural.

A principal tradição cultivada neste período do ano é a produção de pêssankas. A palavra deveria do verbo pessaty, que significa escrever. Com os ovinhos coloridos e pintados, a finalidade é passar uma mensagem (desejos e anseios) de quem presenteia para que os recebe.

Deixe o bebê dormir

Não é apenas nas grandes cidades que o barulho incomoda. Em Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba, um morador fez 100 reclamações contra o som alto na Padre Ribeiro, centro da cidade.

O barulho é de carros que circulam com som alto pela via a qualquer hora do dia e da noite. Com a música as paredes de algumas casas chegam a vibrar. A situação piorou depois que o morador se tornou pai. "Já tive que dormir na casa da minha sogra, porque meu bebê, que tem menos de um mês, não podia dormir", conta.

O assunto foi discutido em reunião com autoridades locais e, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o juiz da cidade está formalizando um pedido para que a Polícia Militar tome providências.

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