As unidades de saúde Ouvidor Pardinho, especializada no atendimento a idosos, e Mãe Curitibana, que atende gestantes e crianças, passarão por mudanças. Ambas vão continuar como referência em suas áreas de especialidade, mas receberão 10 equipes da família para ampliar a assistência primária à população que reside nas proximidades. Usuários e funcionários temem que a alteração resulte em superlotação nos postos.
Segundo César Titton, assessor de atenção primária à saúde de Curitiba, a medida se faz necessária para melhorar a assistência para quem mora nos bairros abrangidos pela Regional Matriz. As duas unidades já prestam atendimento à população geral, mas com restrições.
Hoje, gestantes e crianças recebem o atendimento na Unidade Mãe Curitibana, enquanto os adultos e idosos, no Posto Ouvidor Pardinho.
Verdinhas
11,7 milhões de mudas de árvores nativas foram produzidas pelo Instituto Ambiental do Paraná, por meio de parcerias com municípios e entidades, nos últimos dois anos. Deste total, 6 milhões já foram plantadas e estão sendo monitoradas.
Clima no futuro
Um grupo de pesquisadores desenvolveu um sistema para simular os impactos das mudanças climáticas globais sobre os setores agropecuário, florestal e energético do Paraná em três períodos distintos: as décadas de 2040, 2070 e 2100. Elevação média da temperatura e redução proporcional de chuvas estão no cenário projetado. Fazem parte da rede pesquisadores do Simepar, Iapar, Fundação ABC, Universidade Estadual de Ponta Grossa e Embrapa.
Conversa afiadaBianca Reinert, bióloga
Descoberta acompanhada de responsabilidade
A bióloga paranaense Bianca Reinert tem em seu currículo a descoberta de duas espécies de aves: o bicudinho-do-brejo e o macuquinho-da-várzea. E, num mundo em que 150 espécies deixam de existir todos os dias, ela defende todo o empenho em defesa dos bichos que ainda estão sendo identificados.
Você descobriu duas espécies de aves. Qual delas foi mais representativa?
A do bicudinho-do-brejo. Desde que eu (e o biológio Marco Bornsthein) descobri esse pássaro em 1995, passei a dedicar toda a minha energia ao conhecimento e conservação dele. Gostaria de fazer o mesmo pelo macuquinho, mas é inviável.
O que mudou na sua vida após as descobertas?
Meu sonho sempre foi me dedicar à pesquisa. Antes, isso era difícil. Com o bicudinho-do-brejo consegui apoio (da Fundação do Boticário, da SPVS e do governo federal) e fiquei focada só no estudo dele. Além disso, eu e mais quatro amigos fizemos uma vaquinha e compramos uma área no fundo da baía de Guaratuba, que hoje é uma reserva dedicada à preservação do bicudinho.
Estima-se que 150 espécies sejam extintas todos os dias no mundo. Nesse cenário, o que significa descobrir uma ave?
É algo muito gratificante do ponto de vista pessoal e profissional. Acho que essa descoberta vem acompanhada de uma obrigação, que é fazer tudo o possível pela conservação da nova espécie.
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