Um amigo-secreto diferente ocorreu na última sexta-feira: entre passageiros de uma linha de ônibus que sai do Terminal Guadalupe, no Centro de Curitiba. Eles se conheceram na fila do busão e passaram a jogar conversa fora e trocar confidências durante o trajeto de cerca de uma hora até o destino final, na divisa com o município de São José dos Pinhais. "O grupo começou a se formar há pelo menos um ano. Somos a galera do fundão. É bom saber que sempre vai ter alguém para segurar a bolsa de quem chegou depois (e não conseguiu se sentar). Além disso, vale a pena dar umas boas risadas", conta a recepcionista Samara Mieza. Ao todo, são dez pessoas, de diferentes profissões, como eletricista, estudantes, cabeleireira e operadora de caixa. O membro mais novo da "panelinha" tem menos de 18 anos e o mais velho passa dos 50.
Panelinha no busão 2
A revelação do amigo-secreto foi feita em um restaurante perto do terminal, no fim do expediente, enquanto esperavam o horário do próximo ônibus. A experiência foi tão positiva que eles decidiram que a partir de agora vão se reunir pelo menos uma vez por mês. "É uma relação bacana, quando estamos no ônibus procuramos tirar onda do que aconteceu no dia. Esquecemos o estresse", diz Samara.
Hortas comunitárias
Durante dez dias esta colunista esteve a trabalho no Canadá. E descobriu algumas curiosidades sobre o povo e o país curiosidades que compartilha agora com os leitores da coluna. A primeira delas é que na cidade de Vancouver, no litoral sudoeste daquele país, quem não tem espaço em casa para cultivar vegetais pode solicitar a utilização de hortas urbanas comunitárias (chamadas por eles de "community gardens"). A cidade tem cerca de 75 hortas comunitárias, localizadas em parques, pátios de escolas e propriedades particulares. Esses espaços permitem que os moradores economizem dinheiro nas compras e consigam produtos frescos e de qualidade. Amanhã a coluna mostrará uma iniciativa interessante adotada pelos canadenses para diminuir a poluição e o número de carros nas ruas.
Vó Gertrudes
O leitor Luiz Fernando considera ineficiente a campanha de trânsito da prefeitura de Curitiba que tem a personagem Vó Gertrudes como protagonista. "Ela insiste em chavões que não causam mais nenhuma reflexão em motoristas, motociclistas e pedestres", diz ele. Na opinião do leitor, a campanha deveria focar a conduta agressiva e egoísta dos motoristas. "Basta tentar ingressar em uma rua ou tentar virar à esquerda em uma via de mão dupla para observar que ninguém nem sequer diminui a velocidade para possibilitar a sua manobra", reclama. Já para Stephan Knecht, a avaliação de uma campanha de comunicação tem como objetivo principal identificar e medir a lembrança da comunicação e verificar se ela transmitiu a mensagem pretendida. "Se o povo gostou ou não da campanha é secundário. Além disso, o investimento tem que trazer resultados, neste caso, menos acidentes no trânsito."
Ontem a coluna mostrou que, segundo pesquisa da prefeitura, 31% dos moradores da capital consideram a campanha ótima e 51%, boa. Ainda conforme o levantamento, em setembro, 86% das pessoas que tiveram contato com a campanha lembravam o nome da personagem. A pesquisa ouviu 1.723 pessoas e tem margem de erro de 2%.