Gabriel de Oliveira tem 12 anos e estuda num colégio estadual de Ponta Grossa. Neste mês, ele deu entrevistas para a imprensa local e ganhou uma moção de aplauso na Câmara Municipal. O motivo: fala dez idiomas, cinco deles com fluência, entre eles o inglês e o árabe. A chegada de uma família síria à cidade, que Gabriel conheceu na igreja que frequenta, o deixou mais conhecido. Ele conversa em árabe com os sírios e às vezes serve como tradutor. "Eu acho fácil o árabe", diz o estudante, que afirma ter aprendido o idioma em pesquisas na internet. O pai de Gabriel, Mateus de Oliveira, diz que o filho aprendeu a falar inglês aos 10 anos. "Ele aprendeu a ler e escrever com 5 anos, sempre foi bem na escola, só tira nota 10, independentemente da matéria", acrescenta.
Autodidata
Gabriel nunca fez cursos oficiais de idiomas. Com a repercussão da moção de aplauso aprovada pelos vereadores, ele recebeu convite de três escolas particulares de Ponta Grossa, escolheu uma e já se matriculou para fazer o sétimo ano do ensino fundamental, no ano que vem, como aluno bolsista. "Não sabemos por que ele é tão inteligente, mas achamos que ele pode ser superdotado", afirma Mateus. Enquanto isso, o estudante intensifica os estudos. Ele passa pelo menos oito horas por dia estudando línguas na internet e ajuda os colegas que estão com dificuldade nas disciplinas. Não vê graça nos hábitos dos garotos da sua idade. "Não gosto muito de videogame", diz.
Superdotação
Para a psicóloga e doutora em estudos cognitivos Elizabeth Carvalho da Veiga, não se pode dizer que Gabriel é superdotado, mas é preciso atentar para os indícios de superdotação. Ela lembra que essas crianças, normalmente, aprendem coisas de forma espontânea, sem um estimulo direcionado dos pais. "Não que todo precoce seja superdotado, mas a criança superdotada apresenta precocidade em alguma área", acrescenta. Nesse sentido, segundo ela, é importante que os pais e professores procurem encaminhar a criança para uma avaliação psicológica. "A criança precisa entender por que os outros colegas gostam de jogar bola enquanto ela prefere ir à biblioteca", diz. Outro fator, segundo a psicóloga, é que a criança superdotada é conhecedora de uma área específica. "Nas demais, ela tem um desenvolvimento igual ao dos seus pares".
Comércio criativo
Quem trafega pela PR-151 no trecho que corta a localidade do Lago entre Palmeira e Ponta Grossa (Campos Gerais) pode tomar um susto ao ver a faixa que contém apenas a inscrição "Bonitas e gostosas" (foto). O susto vira gargalhada, um pouco mais à frente, onde há outra faixa anunciando "melancias a 200 metros". Foi o próprio vendedor das frutas, Antônio Celso Vaz Kuhn, quem teve a ideia. "Tem umas senhoras que param o carro e tiram fotos ao lado da faixa", afirma, bem humorado. As melancias ficam expostas numa carroça, que, segundo ele, tem 103 anos de fabricação. Kuhn pretende seguir vendendo as melancias até o começo de 2015.
Cartilha apresenta Zoológico
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba lançou na última sexta-feira a cartilha "Vamos conhecer o Zoológico de Curitiba" (foto), publicada pelo Instituto Positivo e que traz informações sobre a fauna existente para visitação no Passeio Público, Zoológico de Curitiba e Museu de História Natural. As ilustrações são do artista plástico Ricardo Noering, que cedeu gratuitamente seu trabalho. A cartilha será distribuída no acantonamento do Zoológico e nos programas de educação ambiental da prefeitura de Curitiba.
Colaboraram: Maria Gizele da Silva e Derek Kubaski, especial para a Gazeta do Povo
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