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Entrelinhas

Símbolo que engana 1

 | Arquivo/ Gazeta do Povo
(Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo)

Leitora conta que no último fim de semana foi ao ParkShopping Barigüi acompanhada do filho e passou por um grande constrangimento. Eles estacionaram na vaga reservada para deficientes e, ao saírem do carro, foram abordados de forma grosseira por duas mulheres. Elas protestaram pelo fato de a mãe ter estacionado na vaga especial e disseram que haviam fotografado a placa do carro. A leitora conta que mostrou que possuía credencial, e explicou que o filho tem autismo, quadro que garante os mesmos direitos de pessoas com deficiência. Mesmo assim, as duas argumentaram, dizendo que, como o símbolo mostra um cadeirante (foto), as vagas seriam apenas para quem usa cadeira de rodas.

Símbolo que engana 2

Na verdade, o uso de vagas especiais devidamente sinalizadas em vias públicas e outros estacionamentos pode ser feito mediante emissão de credencial para idosos e pessoas com qualquer tipo de deficiência. A Resolução 304/2008, do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que trata da reserva de vagas, não especifica o tipo de deficiência. Em Curitiba, a Setran (www.setran.curitiba.pr.gov.br) é responsável pelo credenciamento, feito mediante cópias e originais dos documentos de identidade, CPF, comprovante de residência e, no caso de pessoas com deficiência, do laudo médico. O idoso ou portador de deficiência não precisa ser necessariamente o condutor a utilizar a vaga, basta que ele esteja sendo transportado no veículo.

"Destinatário ausente" 1

Vários leitores entraram em contato com a coluna para comentar a nota publicada no fim de semana sobre carteiros que vão embora com encomendas sem ao menos tocar o interfone. "Moro em um condomínio fechado no Bairro Alto e enfrento, junto com demais vizinhos, o mesmo problema. Os carteiros deixam apenas aviso de ausência de recebedor, solicitando a retirada da encomenda na agência dos Correios. Não temos porteiro, mas não chegam sequer a tocar o interfone", afirma Marco Corrêa. O Ângelo Volpi Neto, que mora na Rua Ângelo Marqueto, e a Alice Czarnobay, do bairro Água Verde, também enfrentam esse dissabor.

"Destinatário ausente" 2

A explicação está na Portaria 567 do Ministério das Comunicações, de 29 de dezembro de 2011. No caso dos condomínios, a entrega de objetos com aviso de recebimento deve ser feita ao porteiro, administrador, zelador ou pessoa designada para esse fim. O problema é que muitos condomínios não têm portaria. "Alguma figura engravatada, fechada na sua sala, desconhecendo completamente como é o mundo aqui fora, resolveu pôr ordem nos destinatários (ou será destinotários?)", reclama Alice.

Câncer bucal

Quem tiver mais de 30 anos de idade e passar hoje pela Praça Osório, no Centro de Curitiba, poderá verificar gratuitamente o estado de sua saúde bucal. A ação faz parte da 25ª edição da Campanha de Prevenção do Câncer Bucal do Hospital Erasto Gaertner, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. Uma equipe estará no local, das 8 às 17 horas. Entre as ações programadas estão: exames clínicos com finalidade de diagnóstico, orientações sobre o autoexame e cuidados preventivos, além de encaminhamento dos pacientes com casos suspeitos para avaliação mais detalhada. Fumo, álcool, exposição ao sol sem proteção, má higiene bucal e fatores traumáticos (como uso de próteses dentárias mal-ajustadas) são alguns dos fatores que contribuem para o aparecimento da doença.

Colaborou: Adriana Czelusniak

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