Campeão caipira é fato raro no Paranaense aliás, não só por aqui. Nas 99 edições anteriores do certame araucariano, somente nove taças foram morar longe da capital. A última vez foi em 2007, com o Paranavaí.
O adversário na finalíssima daquele ano era o Paraná, vencedor da temporada anterior, em busca do bicampeonato. Honraria que o Tricolor começou a deixar escapar no primeiro confronto. No Noroeste do estado, vitória por 1 a 0 da representação vermelha, gol anotado por Tales.
Triunfo magrinho que, na ocasião, ninguém suspeitava ser complicado de reverter. Afinal, convenhamos, marcar um golzinho só, jogando em casa, diante da torcida, numa finalíssima, é o mínimo que se pode esperar, não é mesmo?
O problema é que o futebol não respeita coisa nenhuma. O improvável não existe. E o que parecia moleza, ou pelo menos razoável, desembocou numa tragédia paranista.
Era domingo, dia 6 de maio, tarde ensolarada perfeita para ser campeão de qualquer coisa. Foi com esse espírito otimista que mais de 17 mil pessoas lotaram o Durival Britto e Silva sem contar os equilibristas do Viaduto do Colorado, sempre presentes.
Bola rolando no gramado e os donos da casa, comandados por Zetti, aquele, partiram com tudo para cima dos visitantes. O Paraná contava com um conjunto interessante: Flávio, o Pantera, no gol, zaga cumpridora com Daniel Marques e Neguete, Dinélson na meia e Vinícius Pacheco e Josiel, aquele, no ataque.
Até os 20 minutos o que se viu foi uma fumaça terrível na área do Vermelhinho. Cruzamentos, arremates de longa, média e curta distância, cabeçadas, rabos de arraia, parecia pouco provável que o placar permaneceria em branco, sem dar trabalho ao rapaz escondido na Reta do Relógio.
A invencibilidade era preservada graças ao desempenho notável de quatro personagens. A começar pelo goleiro Vanderlei. O atual camisa 1 coxa-branca fez milagres suficientes para sair da Vila Capanema canonizado sem averiguação do Vaticano. Não por acaso, veio para o Alto da Glória e conquistou outros cinco estaduais.
Desempenho incrível que não seria possível sem o denodo do trio de zagueiros. Rodrigo De Lazzari, aquele, irmão daquele, Robenval e Diego Corrêa formaram uma trinca, de fato e de direito, inexpugnável. Azar do Tricolor e sorte do último campeão fora de Curitiba.
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